Serviço Militar Obrigatório e a educação no Brasil
Nossa juventude procura um rumo, ou percebe que precisa
simplesmente ser alienada (Ferry, 2006) ?
No mundo atual a
educação é quase um monopólio das emissoras de televisão. Família no trabalho e
crianças em casa é uma separação perigosa. As crianças fazem o quê nesses
arquivos de gente que são os prédios de apartamento?
E caso contrário, a redução da fertilidade, mesmo em
ambientes mais naturais está produzindo pais ansiosos, superproteções. Que tipo de adultos nós teremos?
A lógica onipresente é não reaja, tenha medo. De um extremo
a outro criaremos situações favoráveis a personalidades doentias. O vandalismo
e similares testemunham os efeitos da má educação e patologias mentais.
O jovem quer desafios. Onde encontrá-los? Nas ruas?
Ajustando-se a gangues e modismos importados, devidamente midiatizados? Nossas
emissoras de TV, por exemplo, fizeram inúmeras reportagens do uso de tatuagens.
Para quê? Explicaram direito que essa demonstração de extremo mau gosto pode
ser prejudicial à saúde e aos planos profissionais do adulto manchado?
Do esporte profissional temos o endeusamento da vulgaridade,
por quê? Que interesses mórbidos e alienantes movem essas empresas de mídia?
O que fazer para transmitir à juventude senso de
responsabilidade, amor à Pátria, fraternidade, coragem e habilidades que farão
falta se as grandes potências trocarem ameaças com bloqueios econômicos,
espionagem e roubo de informações e a imposição do jogo da agiotagem
internacional?
Qualquer país defendido por jovens que estão preparados para
a luta é um tremendo desafio a qualquer potência, por mais armada que seja. O
infante mistura-se ao povo. Omo enfrentá-lo?
Vimos pouco antes do ditador venezuelano descobrir que
estava doente, que nossos irmãos ao norte planejavam comprar armamento
sofisticado e potente. Seria para defender o país de alguma invasão?
Podemos conciliar muitas questões se voltarmos a mobilizar
anualmente todos os pré-adultos para o serviço militar obrigatório. Nos
quarteis onde deverão dormir, praticar exercícios civis e militares, aprender a
defender o Brasil sairão de ambientes que se desmontam sob os efeitos das
drogas, de familiares despreparados e ruas perigosas. Custos? Quanto o Brasil
gasta em prisões, policiamento, hospitais, sanatórios, remédios etc. para
compensar a deseducação cívica?
O modelo atual mostrou assustadoramente à nação, que
desconhecia cenários desesperadores que podemos ver na Região Metropolitana de
Curitiba, quando o Governo federal resolveu criar o (Programa Mais Médicos) . Quanto mais as corporações
médicas resistem mais demonstram que seus profissionais só irão para onde
faltam médicos se o tratamento e salários oferecidos forem “padrão vip”.
As Forças Armadas Brasileiras, sempre educadas e preparadas
para atuar onde o Brasil é Brasil em seus quartéis dariam aulas de Brasil, de
interiorização, de conhecimentos e educação que faltam nos apartamentos
perfumados e cidades poluídas.
A retomada do serviço militar obrigatório (Alistamento
militar)
em ampla escala e com recursos para se distribuir pelo Brasil zerando excessos
de contingente deveria ser motivo de estudos estratégicos e urgentes. Dificilmente
será uma opção ruim.
Não servi às Forças Armadas. Estudante de nível superior fui
dispensado, mas em Blumenau vivi e aprendi muito com militares lecionando em
colégios assim como na convivência de um povo trabalhador e disciplinado.
Em Itajubá fiz Engenharia. Seus formandos eram disputados,
entre outras coisas porque aceitavam trabalhar no sertão, no interior do Brasil
onde existissem usinas e subestações.
Ao contrário daqueles que nasceram, cresceram e se formaram
em cidades maiores, em Itajubá vivíamos clima de Brasil.
Cascaes
14.9.2013
Alistamento militar. (s.d.). Fonte: Defesa e segurança pública:
http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/defesa-e-seguranca-publica/alistamento-militar
Ferry, L. (2006). Aprender a Viver - Filosofia para
os novos tempos. (V. L. Reis, Trad.) Rio de Janeiro: Objetiva.
Programa Mais Médicos. (s.d.). Fonte: Portal da Saúde:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/417/mais-medicos.html
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