Origem[editar | editar código-fonte]
Existe controvérsia sobre o surgimento da urna eletrônica, já que, desde a década de 1980, durante o regime militar, ocorreram no Brasil diversos estudos sobre a realização de eleições informatizadas. Entretanto, a ideia de urnas eletrônicas firmou-se a partir de pesquisas realizadas pela Justiça Eleitoral para tornar mais fácil o processo de votação e apuração nas eleições. Foi no final da década de 1980 que surgiu a ideia de conceber uma máquina de votar de gravação eletrônica direta do voto - modelo chamado de Direct Recording Electronic (DRE) - para ser utilizada nos pleitos eleitorais brasileiros. Em 1985, houve a implantação de um cadastro eleitoral informatizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto a urna eletrônica como se concebe hoje só foi desenvolvida em 1995, e utilizada pela primeira vez nas eleições municipais do ano seguinte. Porém foi em 1989, na cidade de Brusque, Santa Catarina, onde o juiz Carlos Prudêncio realizou a primeira experiência de votação com micro-computadores.[carece de fontes]
Foi no final da década de 1980 que surgiu a ideia de conceber uma máquina de votar de gravação eletrônica direta do voto - modelo chamado de Direct Recording Electronic (DRE) ou "coletor eletrônico de voto" (CEV) - para ser utilizada nos pleitos eleitorais brasileiros. Uma ideia consolidada no ano de [990 e implementada no ano seguinte com a construção da primeira urna eletrônica DRE brasileira, e com o primeiro pleito oficial utilizando voto eletrônico no Brasil, um plebiscito numa pequena cidade de Santa Catarina.[3] A urna eletrônica, inicialmente chamada de "coletor eletrônico de voto" (CEV), teve como objetivo identificar as alternativas para a automação do processo de votação e definir as medidas necessárias à sua implementação, a partir das eleições municipais de 1996, em mais de cinqüenta municípios brasileiros. Na ocasião somente municípios com um determinado número de eleitores teria votação eletrônica. A única exceção a esta regra era justamente Brusque, que já havia tido eleições digitais anteriormente.
Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
Grupos de engenheiros e pesquisadores ligados ao Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foram os responsáveis pelo projeto da eleição informatizada em grande escala no País. Destacam-se aí o trabalho dos engenheiros Mauro Hashioka (INPE), Paulo Nakaya (INPE), Oswaldo Catsumi (CTA), Miguel Adrian Carretero (INPE), dentre outros profissionais, pela concepção da segurança do equipamento.
A urna eletrônica que automatizou 100% das eleições, no Brasil, foi desenvolvida, por uma empresa brasileira, a OMNITECH Serviços em Tecnologia e Marketing, entre 1995 e 1996, e aperfeiçoada, em 1997, para o modelo que se tornou o padrão brasileiro, até hoje. O TSE já comprou mais de 500.000 urnas, através de 6 licitações públicas, de 1996 a 2006, de duas empresas americanas de integração de sistemas, a Unisys Brasil, em 96 e 2002, e a Diebold Procomp, em 1998, 2000, 2004 e 2006. Toda a fabricação da urna eletrônica foi realizada, por empresas de fabricação sob encomenda, a TDA Indústria, a Samurai Indústria, a Flextronics Brasil e a FIC Brasil, subcontratadas, pelas integradoras.[carece de fontes]
Em 1995, o TSE formou uma comissão técnica liderada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) que definiu uma especificação de requisitos funcionais, para a primeira urna eletrônica, chamada então de coletor eletrônico de votos – CEV. Para projetar, desenvolver e fabricar a urna eletrônica para as eleições de 1996, foi aberta uma licitação com o Edital TSE 002/1995, onde concorreram a IBM, que propôs um projeto baseado em um notebook, a Procomp, que apresentou uma espécie de quiosque de auto atendimento bancário e a Unisys, a vencedora da licitação com um design original que se tornou o padrão utilizado até hoje. A Unisys contratou a licença para comercializar ao TSE a urna eletrônica desenvolvida pela OMNITECH.[4]
Em 1997, surgiu o modelo atual da Urna Eletrônica, modelo UE 2000, um aperfeiçoamento da urna original realizado pela OMNITECH, que o Ministério da Ciência e Tecnologiareconheceu que atende à condição de bem com tecnologia desenvolvida no País, através da Portaria Nº 413, de 27 de outubro 1997.[4]
Características[editar | editar código-fonte]
A urna eletrônica brasileira é um microcomputador para coleta e apuração de votos da primeira geração, do tipo DRE (de Direct Recording Electronic voting machine), caracterizada pela gravação eletrônica direta sem impressão do voto para conferência do eleitor.
Este tipo DRE de máquinas de votar não atende ao Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais e, por este motivo, foi descredenciado pela norma técnica para equipamentos eleitorais "Voluntary Voting System Guidelines" [5], que são diretrizes técnicas elaboradas pelo órgãos federais norte-americanos Election Assistance Commission (EAC) e National Institute of Standards and Technology (NIST).
As urnas brasileiras foram desenvolvidas em vários modelos a cada eleição desde 1996, nas seguintes quantidades:
- UE1996. Produzidas 70 mil pela Unisys sendo direcionadas para municípios acima de 200 mil eleitores. Doadas 20 mil ao Paraguai em 2006 e o restante foi descartado em 2008.
- UE1998. Produzidas 84 mil pela Procomp sendo direcionadas para municípios acima de 40 mil eleitores. Descartadas em 2009.
- UE2000. Produzidas 191 mil pela Procomp. Primeira eleição em que as urnas eletrônicas são direcionadas para todos os municípios brasileiros. Descartadas após a eleição de 2010.
- UE2002. Produzidas 50 mil pela Unisys. Descartadas após a eleição de 2010.
- UE2004. Produzidas 75 mil pela Diebold-Procomp.
- UE2006. Biométricas. Produzidas 25 mil pela Diebold-Procomp.
- UE2008. Biométricas. Produzidas 58 mil pela Diebold-Procomp.
- UE2009. Biométricas. Produzidas 194 mil pela Diebold-Procomp e contratadas mais 117 mil [6].
Os modelos 1996 a 2000 rodavam o sistema operacional VirtuOS. Os modelos 2002, 2004 e 2006 rodavam o sistema operacional Windows CE. A partir de 2008 todos os modelos passaram a utilizar o sistema operacional Linux e foram utilizadas em torno de 450 mil urnas eletrônicas.
Segundo o Projeto Básico do modelo 2010 [7], os componentes principais da urna eletrônica brasileira são:
- Memória: dois cartões de memória flash um interno e outro externo, com os dados idênticos, onde está gravado o sistema operacional, os programas aplicativos, os dados sobre os candidatos e onde os votos vão sendo gravados através de mecanismos de segurança e redundância de forma a tentar dificultar desvio de votos e a quebra do seu sigilo.
- Pen-drive: para gravar o resultado ao final da votação.
- Módulo impressor: utilizado antes do início da votação para a impressão da "zerésima" e ao final da votação para a impressão do "boletim de urna".
- Terminal do mesário ou microterminal: um pequeno teclado numérico com leitor biométrico de impressão digital do eleitor, através do qual o mesário autoriza o eleitor a votar pela digitação do número do título do eleitor.
- Terminal do eleitor: composto de uma tela LCD e um teclado numérico através do qual o eleitor faz sua escolha, possui ainda as teclas BRANCO, CORRIGE e CONFIRMA.
A versão de 2002 tinha acoplado um módulo impressor que imprimia cada voto, mas o voto impresso foi abandonado por força da Lei 10.740/2003 e só deverá ser reintroduzido a partir de 2014 segundo o Art. 5º da Lei Federal Nº 12.034/2009[8]. Por este motivo, os modelos 2009 e 2010 também já vêm com um encaixe lateral [7] para o Módulo Impressor Externo
Diminuição de votos nulos[editar | editar código-fonte]
Segundo estudiosos da história das eleições no Brasil, a adoção do equipamento gerou um importante impacto na diminuição dos índices de votos nulos no país. Jairo Nicolau, pesquisador do Iuperj, aponta a combinação de altos índices de analfabetismo funcional com uma cédula de votação complexa como uma das responsáveis por números elevados de votos nulos em eleições anteriores à urna eletrônica. Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, após a eleição de 1998, o professor destacou que "se produziu, sem muito esforço, uma revolução política no país: milhões de eleitores passaram a ter suas preferências realmente contabilizadas pelo sistema representativo. Não dá ainda para dizer com precisão a magnitude desta revolução, mas o número pode chegar facilmente a 10 milhões de eleitores. Parece pouco, mas aí cabem, somados, os eleitores que foram às urnas nas últimas eleições em Portugal, na Nova Zelândia e na Finlândia” [9].
Neste mesmo sentido, o professor da Universidade de Brasília, David Fleischer, destacou, em artigo em que comparava resultados das eleições municipais brasileiras de 1982 a 2000, as mudanças ocorridas nos índices de votos nulos: “As diferenças significativas estão nas duas eleições para vereador. Comparado com o pleito de 1996, em 2000 a proporção de votos válidos aumentou de 86,49% para 93,91%, enquanto os votos em branco e nulos diminuíram de 13,51% para 6,09%. Sem dúvida, este fenômeno se deve em grande parte a à utilização da urna eletrônica em todo o Brasil em 2000, enquanto esta técnica foi experimentada em apenas 51 das maiores cidades em 1996.[10]
Versão biométrica[editar | editar código-fonte]
As versões mais recentes, de 2006 a 2010, têm mecanismos acoplados para a identificação da impressão digital do eleitor mas não atendem ao disposto no § 5º do Art. 5º da Lei 12.034/2009[8], que entrará em vigor em 2014, e que determina que a "a máquina de identificar (o eleitor) não tenha nenhuma conexão com a urna eletrônica". A primeira fase do projeto-piloto de implementação da identificação biométrica foi realizada durante as Eleições Municipais de 2008. O novo sistema foi testado nas cidades de São João Batista (Santa Catarina), Fátima do Sul (Mato Grosso do Sul) e Colorado d'Oeste (Rondônia) utilizando em torno de 100 urnas biométricas.
Devido ao alto custo de aquisição dos equipamentos, a nova sistemática será adotada de forma gradativa. A segunda fase do projeto, prevista para as Eleições Gerais 2010, abrangerá pouco mais de um milhão de eleitores que tiveram seus dados biométricos cadastrados no início do ano e utilizará em torno de 3000 urnas biométricas. Diferentemente da primeira etapa do projeto, onde o TSE definiu as três cidades pioneiras, a segunda fase será caracterizada pela participação direta dos Tribunais Regionais Eleitorais, que terão que definir os municípios que utilizarão a nova modalidade de voto. O Diretor Geral do TSE em 2007, Athayde Fontoura disse: "Nós não iremos mais trocar o título de eleitor. Quem vai identificar o eleitor agora será a própria urna", o que está em frontal desacordo com o previsto no § 5º do Art. 5º da Lei 12.034/2009.
Além disso, devido ao problema do falso negativo - quando o sistema biométrico falha em reconhecer um eleitor legítimo - as urnas biométricas usadas nas eleições de 2008 e 2010 continuam permitindo, opcionalmente, a autorização para o eleitor votar por meio de uma senha digitada pelo mesário, como explícito no Inciso VIII do Art. 4º da Resolução TSE 22.713 de 2008 que estabelece que "... não havendo o reconhecimento biométrico do eleitor, o presidente da mesa receptora de votos autorizará o eleitor a votar por meio de um código numérico" e nos Incisos X e XII do Art. 2º da Resolução TSE 23.208 de 2010, que diz "não havendo o reconhecimento de nenhuma das digitais ... o Presidente da Mesa Receptora de votos autorizará o eleitor a votar por meio de código numérico". Esta possibilidade do mesário liberar o voto por meio de senha própria vai contra o objetivo inicial do projeto de biometria que era impedir que alguém possa votar em nome de outros, porque mantém aberta a possibilidade da fraude do mesário que consiste na inserção de votos em nome de eleitores ausentes.
Segurança[editar | editar código-fonte]
Alguns especialistas em informática ainda insistem que as urnas eletrônicas em geral são veículo fácil de fraudes de difícil descoberta.[11]
Testes de invasão[editar | editar código-fonte]
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza testes públicos de segurança das urnas eletrônicas regulares e com técnicos de fora do tribunal. Após os testes, o tribunal apresenta um relatório com as falhas e apresenta as soluções, chamando novamente os técnicos externos para conferir a correção implantada. O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, disse que o "sistema eletrônico de votação é auditável, é verificável."[1] Nos dias que antecedem as eleições, os técnicos do TSE se preparam para serem atacados por hackersde todo o mundo. Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Giuseppe Janino, são 200 mil tentativas por segundo de quebrar o sistema de segurança da urna eletrônica, sendo que ninguém nunca conseguiu adulterar o sistema.[2]
O TSE promoveu um teste controlado de invasão entre 10 e 13 de novembro de 2009, onde impôs uma série de restrições do que os hackers poderiam fazer, ignorando um cenário real onde um hacker pode agir utilizando engenharia social e modificação do hardware.[12] Em resposta a convites[13] do TSE, nove equipes de possíveis hackers com um total de 38 especialistas foram inscritos, na sua maioria funcionários públicos[14][15] dos quais apenas 20 compareceram[16], e tentaram quebrar os mecanismos de segurança das urnas eletrônicas.[17][18][19] Sete instituições fiscalizaram os trabalhos: Organização dos Estados Brasileiros, Câmara Federal, Exército Brasileiro, Serviço Federal de Processamento de Dados, Tribunal de Contas da União, Federação Nacional de Empresas de Informática e Polícia Civil do Distrito Federal.[20]
Desde 2006, já ocorreram vários testes livres e independentes bem sucedidos de invasão em urnas eletrônicas, como nos Estados Unidos[21], Paraguai [22], Holanda [23] e Índia [24] Entre 3 e 8 de agosto de 2009, a Comissão Eleitoral da Índia promoveu um teste controlado de invasão [25], isto é, um teste não-livre e sob regras restritivas, que resultaram em insucesso do teste. O resultados de todos esses testes, livres e restritos, mostra uma total correlação entre o sucesso do teste de invasão e a forma como ele é executado (se livre ou sob restrições e controle do organizador). Em 100% dos testes livres (EUA, Holanda, Paraguai e Índia), obteve-se sucesso na invasão. Em 100% dos testes restritos (Índia e Brasil), não se teve sucesso, indicando que as regras restritivas impostas pelas autoridades eleitorais da Índia e do Brasil afetaram de forma determinística o resultado do teste, provocando o insucesso.[26]
Impressão do voto[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Independência do Software em Sistemas Eleitorais
Para garantir a segurança da votação eletrônica em todo o país, alguns grupos tem sugerido que as urnas eletrônicas brasileiras sejam equipadas com uma impressora para que se possa armazenar os votos em uma listagem e que fosse comparada com os dados armazenados magneticamente, a chamada materialização do voto, passando, assim, a se enquadrar no "Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais".[27][28][29] De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a impressão dos votos, além de desnecessária, geraria custos adicionais de cerca de 1,8 bilhão de reais aos cofres públicos.[30]
O Brasil é atualmente o único país sem a confirmação impressa individual do voto.[carece de fontes] Segundo especialistas, professores da UnB e membros do Fórum do Voto Seguro, o voto deve ser impresso, confirmado na hora pelo eleitor, e descartado logo após a checagem. O eleitor não fica com a cópia impressa, ele apenas a confere, e a cópia é depositada automaticamente em uma urna física, sendo que 2% dessas urnas deve ser checada para uma recontagem por amostragem. Para um professor de ciência da computação da UnB o software da urna eletrônica é "comprovadamente inseguro", e por isso é preciso um mecanismo redundante para verificar se os dados são honestos, e o registro físico do voto permite isso.[31]
Nas eleições de 2002 houve o voto impresso. Cerca de 7 milhões de eleitores votaram em urnas com impressão de voto, em todas as seções eleitorais do Sergipe, do Distrito Federal e em mais 73 municípios do país. No entanto, ocorreu um grande número de problemas e falhas, o que acabou fazendo com que o voto impresso não voltasse a existir no país.[32]
Para as eleições de 2014 em diante, o artigo quinto da Lei Federal Nº 12.034, de 2009[8] previa que a urna eletrônica iria imprimir uma cópia física do voto, garantindo maior segurança ao processo eleitoral, e respeitando a Independência do Software.[33] A lei foi sancionada pelo então presidente Lula.[34] Porém, o artigo quinto foi considerado inconstitucional por ferir a garantia do voto secreto, e em 2011 o Senado revogou a obrigatoriedade da impressão da cópia do voto.[32][35][36]
Relatórios[editar | editar código-fonte]
Relatórios técnicos que analisam a questão da segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas brasileiras foram produzidos desde 2002 pelas seguintes instituições:
ano | nome de referência | autores | financiado por | status |
---|---|---|---|---|
2002 | Relatório UNICAMP [37] | 8 professores da Unicamp | TSE | público |
2002 | Relatório COPPE [38] | 4 professores da COPPE-UFRJ | PT | público |
2003 | Relatório SBC [39] | 2 professores da UFMG e da UFSC | SBC / TSE | público |
2004 | Relatório BRISA | pesquisadores da Associação BRISA | TSE | secreto |
2006 | Relatório Alagoas-2006 [40] | 1 professor do ITA | PTB-AL | público |
2008 | Relatório FACTI-CENPRA | pesquisadores do CTI-MCT | TSE | secreto |
2009 | Relatório CMTSE [41] | 4 pesquisadores do Comitê Multidisciplinar do TSE | TSE | público |
2010 | Relatório CMind [42] | 10 profissionais do Comitê Multidisciplinar Independente | autores | público |
2012 | Relatório UnB-1 [43] | 4 profissionais em TI da UnB | UnB | público |
Em 2002, o "Relatório Unicamp"[37], encomendado pelo TSE e assinado por oito professores-doutores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), concluiu que "o sistema eletrônico de votação atende às exigências fundamentais do processo eleitoral, ou seja, o respeito à expressão do voto do eleitor e a garantia do seu sigilo." Ao longo do relatório, os pesquisadores de Campinas afirmaram (seção 6., pág 45) que o sistema é "confiável" e "robusto". Os quesitos que foram apresentados pelos assistentes técnicos do Senado não foram respondidos pelos autores e, em seu final, o Relatório Unicamp apresenta 8 sugestões de aperfeiçoamento da segurança do sistema (seção 5., pág 37) sendo que justamente a sugestão para dar independência aos fiscais na conferência do software instalado (seção 5.5, pág 41), nunca foi atendida pelo TSE.[44] Por estes motivos, o Relatório Unicamp é, desde então, é uma das referências mais polêmicas para o estudo do tema "segurança das urnas eletrônicas", tendo recebido diversas críticas, por suas ambiguidades e contradições.[45]
O "Relatório COPPE" foi encomendado pelo Partido dos Trabalhadores a 4 professores da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para, com a devida permissão do TSE, avaliar o software usado nas urnas eletrônicas em 2002. Entre as conclusões desse estudo, consta (seção III.1, pág 9) que "foi utilizado um processo de desenvolvimento de software bastante ad-hoc e imaturo, o que em geral conduz a produtos de qualidade imprevisível" e que "não se pode fazer afirmativas sobre a confiabilidade do produto quanto a falhas".[38]
O "Relatório SBC"[39] foi o fruto de um acordo em 2002 entre TSE e a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) que levou um professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e outro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para avaliar a confiabilidade do sistema informatizado de eleições brasileiro. Entre as conclusões desse estudo, consta (capítulo 4, pág 28/29) que "o projeto da urna não elimina a possibilidade de que a identidade do eleitor seja vinculada a seu voto", que "a transparência e a auditabilidade da urna deixam a desejar" e que a "a impressão do voto aumentaria muito a transparência e auditabilidade".[39]
O "Relatório BRISA" foi contratado pelo TSE à Associação BRISA em 2003 para apresentar um diagnóstico sobre o ambiente de TI na Justiça Eleitoral, mas o relatório foi mantido secreto. O engenheiro Carlos Rocha da Samurai, que liderou a equipe técnica que desenvolveu a urna eletrônica brasileira entre 1995 e 1998, reconhecida em 1997, por apresentar significativa inovação tecnológica, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.[46] disse: "Um relatório de 1.600 páginas mostrou o grave quadro de processos não conformes com as melhores práticas. Hoje, os processos da automação eleitoral brasileira não seriam certificados nas normas ISO 27000.[47] ... O sistema de automação eleitoral brasileiro não atende às normas internacionais para a certificação ISO 27001 de um sistema de gestão de segurança da informação. Após 12 anos de operação da urna eletrônica, inexiste um processo de Auditoria em segurança da informação, essencial para a transparência das eleições democráticas."[carece de fontes]
O "Relatório CMTSE"[41] e o "Relatório CMind" [42] também abordam a questão da adequação das urnas brasileiras às normas técnicas internacionais sobre eleições eletrônicas.[5] O "Relatório Alagoas-2006" apresenta uma análise dos arquivos de LOG e de BU (boletins de urna) das urnas usadas na eleição de 2006 em Alagoas. Foram encontradas inconsistências de diversas naturezas nos registros de 35% das urnas, o que levou o autor a declarar (seção 15., pág 59): "... há fortes evidências de que o funcionamento da urna como um todo, incluindo o Registro de Voto Digital por seção e sua totalização, poderia, em princípio, ter operado fora do esperado em Alagoas, com possibilidade real de contaminação acidental ou maliciosa... Em síntese, os dados colhidos neste estudo confirmam que se deve ter pouca confiança no resultado apurado, bem como na totalização realizada."[40]
O "Relatório FACTI-CENPRA" foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Pesquisas Renato Archer (CTI-MCT) contratados pelo TSE em 2008 (Contrato TSE 032/2008) para avaliar e propor melhorias na segurança das urnas eletrônicas, mas seu conteúdo foi mantido secreto como declarado na Informação nº 002/2008-STI/TSE, que pode ser vista no Anexo 1 do Relatório CMind. A Microbase, empresa que desenvolveu a solução de software da primeira urna eletrônica, modelo 1996, utilizada pelo TSE até 2006, considera que há elevado grau de insegurança na automação eleitoral brasileira e emitiu uma nota oficial que, entre outras informações, alerta que "a legislação em vigor que exige a auditoria de todos os programas-fonte do Sistema de Eleições Eletrônicas nunca foi adequada e rigorosamente obedecida pelo TSE, de modo a dar a necessária e devida credibilidade ao processo de Assinatura Digital e de Lacração dos Sistemas para as Eleições Oficiais".[48]
O "Relatório UnB"[43] apresenta o resultado dos testes de segurança desenvolvido por uma equipe de professores e técnicos da Universidade de Brasília (UnB) em março de 2012 no TSE, quando demonstraram que era possível ordenar os votos digitais gravados nos arquivos das urnas, quebrando a única defesa delas para garantir o sigilo do voto gravado. O relatório também cita outras vulnerabilidades do software que permitiriam adulterar o resultado da apuração eletrônica dos votos, mas informa que as regras impostas pelo TSE, não lhes permitiu desenvolver os testes necessários para fazer tal demonstração.
Em 25 de novembro de 2008, especialistas em tecnologia disseram em audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados que urna eletrônica não é segura.[49][50][51] O blog de Silvio Meira, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco e diretor do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife foi local de um amplo debate sobre a insegurança da urna eletrônica, com a participação de Giuseppe Dutra Janino (Secretário de Informática do TSE), de representantes da Microbase e centenas de comentários.[52]
Uso no exterior[editar | editar código-fonte]
O Paraguai utilizou a urna em diversas ocasiões em 2001, 2003, 2004 e 2006, porém na eleição presidencial de 2008 o uso da urna eletrônica brasileira foi proibida pela Justiça Eleitoral do país [53] motivada pela desconfiança no equipamento pelos partidos de oposição [54]. Após o incidente na eleição do Equador, em outubro de 2006, quando o consórcio de empresas brasileiras Probank/Via Telecon não conseguiu encerrar a totalização, e onde estiveram envolvidos [55][56][53] O modelo DRE de urnas eletrônicas foi excluído das normas técnicas estadunidenses (2007).[5]
A Argentina testou o equipamento brasileiro em 2003, mas apenas os estrangeiros residentes na Província de Buenos Aires puderam utilizar o equipamento na eleição oficial [57]. Posteriormente, experiências com outros modelos foram feitas, culminando em 2009 com um teste de um sistema eletrônico inovador que usava cédulas eleitorais com dupla gravação do voto dado: impressa e gravado em chip eletrônico [58]. Finalmente em 2011, os argentinos decidiram definitivamente não utilizar o modelo brasileiro de urnas eletrônicas (tipo DRE sem voto impresso) e iniciou-se a implantação de equipamentos eletrônicos Vot-Ar[59] de segunda geração, com registro simultâneos impresso e digital do voto. Nas eleições de 2011, na Província de Salta, 33% dos eleitores votam nos equipamentos Vot-Ar e a previsão é de ampliar para 66% em 2013 e 100% dos eleitores em 2015 [60]. Na eleição municipal de 09 de outubro de 2011 na cidade de Resistência, capital da Província Del Chaco no norte da Argentina o desempenho do equipamento eleitoral Vot-Ar argentino foi descrito no «2º Relatório do CMind»..[61].
Em 5 de outubro de 2006 o grupo neerlandês Wij vertrouwen stemcomputers niet [62] (em português, literalmente: "Não acreditamos em urnas eletrônicas") e a associação alemã de hackers Chaos Computer Club demonstraram na televisão neerlandesa a manipulação de urnas eletrônicas do tipo ES3B da empresa Nedap, usadas em 90% das eleições nos Países Baixos além de serem empregadas na Alemanha, França e Estados Unidos.[63] Em consequência dos resultados do relatório de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, o Governo dos Países Baixos decidiu no final de setembro de 2007 não prolongar o licenciamento de urnas eletrônicas da empresa Nedap para fins eleitorais.[64] Em março de 2009, o Tribunal Constitucional Federal da Alemanha determinou que as urnas eletrônicas que não atendem ao Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais.[65] Em 16 de maio de 2008, os Países Baixos proibiram o uso de urnas eletrônicas, tais como os modelos de urnas eletrônicas usadas no Brasil, por alegações de falta de segurança.[66]
Em 2014, a Índia passa a usar urnas com voto impresso que atendem ao Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais.[67] O Equador implementará o voto eletrônico em suas eleições em 2017, fazendo um teste em 2014 em algumas províncias, usando as tecnologias desenvolvidas na Argentina, Venezuela e Rússia.[68]
Descarte[editar | editar código-fonte]
O Tribunal Superior Eleitoral, em atendimento à Resolução 22.709/2008, iniciou abertura de licitação destinada à contratação de empresa responsável pelo descarte das urnas eletrônicas modelo 1996, assim como outros materiais de informática utilizados em eleições anteriores que não são mais aproveitáveis à Justiça Eleitoral.[69]
O projeto, elaborado pelo Escritório de Projetos do TSE, relaciona 57.262 urnas modelo 1996, 2.023 urnas modelo 1996 sem visor de LCD e sem cartão de memória do tipo flash; 980.430 disquetes; 279.347 bobinas de papel e 41.944 baterias de ácido-chumbo, usadas nas urnas eletrônicas.[70] Em abril de 2009, o TSE apresentou o Plano Básico de Aquisição das UE2009[71] onde incluiu o descarte de quase 90.000 urnas eletrônicas do modelo UE98, embora estas urnas estivessem funcionais e tenham sido usadas na eleição de 2008.
Em julho de 2010, teve início em audiência pública a licitação para compra de mais 200 mil urnas biométricas modelo 2010 que prevê novo descarte[7] de urnas em quantidade e modelos a serem definidos. As urnas de modelo 1996 e 1998, já descartadas, foram usadas em 5 ou 6 eleições. A cada eleição o tempo de utilização destes computadores era de 10 horas durante a votação e mais uma hora, no máximo, de tempo de preparação e testes prévios. Uma conta simples mostra, então, que são quase 150 mil computadores descartados com menos de 150 horas (6 dias) de vida útil. Segundo a Justiça Eleitoral, o descarte das máquinas ocorre por uma questão de segurança, na medida em que, após dez anos de fabricação, o material deve ser trocado para que não ocorram falhas ao longo dos pleitos[72].
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Eleições no Brasil
- Urna eletrônica
- Comitê Multidisciplinar Independente
- Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais
Referências
- ↑ ab G1, : (10 de março d 2016). «TSE realiza teste público de segurança das urnas eletrônicas». Consultado em 8 de abril de 2016.
- ↑ ab Carolina Brígido (1 de outubro de 2016). «Sistema das urnas sofre 200 mil ataques de hackers por segundo». O Globo.
- ↑ «Aurora do Voto Digital» maio 2012 ed. Revista Tema.
- ↑ ab «Urna Eletronica». Samurai Projetos Especiais.
- ↑ ab c «Voluntary Voting System Guidelines». NIST/US-EAC. Consultado em 24 de julho de 2010. Ver o descredenciamento das máquinas DRE na seção Introduction 2.4 (em inglês) ou no anexo 3 do Relatório do Comitê Multidisciplinar Independente(traduzido para o português)
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- ↑ Comentários no Blog do Silvio Meira em 29/09/2008
- ↑ Nota de Esclarecimento MICROBASE
- ↑ Especialistas em tecnologia dizem que urna eletrônica não é segura
- ↑ Voto eletrônico: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição
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- ↑ Descarte das urnas eletrônicas é destaque no Brasil Eleitor http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2630769/o-descarte-das-urnas-eletronicas-e-destaque-no-brasil-eleitor
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Página da Justiça Eleitoral Brasileira
- Página Oficial do TSE sobre o Voto Eletrônico
- História da Urna Eletrônica
- Vídeo sobre processo eleitoral apresentado no consegi 2009
- Fórum do Voto Eletrônico
- Dissertação de mestrado propondo materialização, auditoria e contraprova (recibo) do voto
- Equipe Fraude Urnas Eletrônicas - O direito ao voto é constitucional e não podemos jamais ter dúvidas quanto ao seu destino.
- Simulador da urna (requer Java), disponível no sítio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
- Comitê Multidisciplinar Independente
- Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais
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