segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Final de ano - boas festas - 2103

Dia de natal e esperando o ano novo
As festas de Natal marcam uma época em que os povos cristãos se transformam. Durante alguns dias todos se lembram de que existem crianças e que devemos lhes dar presentes. ONGs e comunidades religiosas se esmeram, a maioria delas depois simplesmente esquece que essas garotinhas e garotinhos serão adultos, gente grande, precisando de atenções tanto maiores quanto menores forem.
Expandindo os atos caridosos os presentes podem abranger famílias que desesperadamente carecem de tudo o ano inteiro.
O Brasil exporta milhões de toneladas de alimentos para importar de tudo, inclusive inutilidades e futilidades. O pesadelo social em que vivemos é fruto de uma lógica perversa que nos domina desde tempos muito distantes. Aqui, nesses oito e meio milhões de quilômetros quadrados, povos distantes chegaram antes, exercitando também a violência mútua e as lutas pela sobrevivência.
No passado, quando a competência da agroindústria e o desenvolvimento tecnológico eram desconhecidos, a luta pelo pedaço de carne ou frutas e raízes era feroz, sem tréguas e limites éticos. Isso ainda existe em comunidades primitivas, inclusive em nossas florestas, reduto de povos que provavelmente encontraram aqui uma forma de escapar de outros mais competentes na arte de matar.
Charles Darwin explicou isso tudo muito bem, criando escola. Maravilhosamente podemos agora mudar comportamentos, seremos capazes disso?
É triste observar a indiferença de pessoas que poderiam mudar e fazer mais. Aliás, Michel Foucault falou muito sobre tudo isso. Também escreveu e deve ter falado sobre a Arqueologia do Poder, do ser humano.
Podemos fazer muito, é só querer.
Creches e escolas salvariam milhões de brasileiros, as elites, aquelas que nos governam,  preferem dar esmolas, presentes, rezas e penitenciárias.
Conversando na véspera de Natal com meu neto João Pedro ele contou com orgulho seus trabalhos sobre a não criminalização de jovens abaixo dos 18 anos. Contraditando defendemos a eliminação dessa barreira cabalística e novas leis, mais racionais e atentas à natureza humana. Queríamos vigiar e punir?
A Educação, a saúde, a proteção às crianças e aos jovens e aos quase adultos têm no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - ECA) a proteção formal do Governo e compromisso da população brasileira, a obrigação de lembrar permanentemente que cuidar das crianças é também a solução para a maioria dos problemas sociais que temos.
O ECA seria fantástico se a estrutura criada a favor da criança e do adolescente fosse mais competente. O que faz com que as instituições funcionem é muito mais a vontade, determinação e capacidade de seus agentes do que a quantidade de funcionários. Lamentavelmente acreditamos que estruturas gigantescas sejam necessárias...
Com certeza os agentes principais são os eleitos e que governam nosso país, eles conhecem e amam seus eleitores ou os patrocinadores de campanha?
Infelizmente, como acontece com todas as leis dedicadas à vida dos brasileiros e das brasileiras, as pessoas em geral realmente estão preocupadas exclusivamente com questões pessoais.
A violência de toda espécie cresce no Brasil, voltamos inclusive aos tempos dos gladiadores. Não se matam com espadas e porretes (ainda), mas ganham sequelas e causam lesões que, junto à loucura da velocidade e mobilidade motorizada (principalmente) produzem a próxima geração de pessoas com deficiência(s), reduzem a expectativa de vida dos jovens adultos, principalmente, e entopem os cemitérios. Em tempo, dão muito lucro a quem promove essas coisas. Felizmente agora os crematórios diminuem a necessidade de tantas covas.
A violência camuflada de esporte contribui para a alienação e perversão dos viciados em telinhas e nossos futuros e ainda pequeninos e adolescentes cidadãos e cidadãs assim como excita desportistas da cerveja e pipoca.
No cerne da violência, talvez inerente ao ser humano, encontramos muitas causas.
O livro (A República dos Meninos - juventude, tráfico e virtude, 2013) apresenta um trabalho de pesquisa de campo do autor extremamente interessante; suas conclusões e ponderações (do Dr. em Sociologia, Diogo Lyra, que saiu de suas salas para mergulhar em locais de recolhimento de menores infratores, algo raro no mundo acadêmico) merecem leitura e análises minuciosas. Nessa obra justifica-se com destaque constatar a influência da irresponsabilidade da mídia comercial, sempre extremamente preocupada com a liberdade de imprensa, algo muito diferente da exploração de taras e a submissão a grupos empresariais.
Nós (pessoalmente) temos experiências que merecem registro e demonstram o que lemos. Quando existiu participamos, por exemplo, do (Projeto Sol Nascente) onde gravamos depoimentos de profissionais e lideranças que atuam na Vila Audi, uma área com muitos habitantes em condições de risco social. Conhecemos a Comunidade OSSA (Cascaes, Conhecendo a Obra Social Santo Aníbal (OSSA) , 2010). O que vimos e ouvimos era assustador, os efeitos da miséria sobre as crianças é devastador. O pesadelo social tem muitos efeitos e propostas (Como reduzir a gravidez precoce e a criminalidade , 2009). À época começávamos a agir junto a pessoas extraordinárias do LCC Batel; que experiência!
Graças ao Lions Clube de Curitiba Batel mergulhamos em ambientes muito diferentes àquele em que vivemos, eu e alguns companheiros e companheiras. Nosso amigo e companheiro LIONS, Professor Nílson Izaías Pegorini, foi o grande mestre.
Os projetos sociais desse autêntico clube de serviços (Melo), muitos documentados em blogs, mostram por onde estivemos e ainda agimos e o que propomos [ (Ações ODM em Curitiba e RMC), (Escola de Música Lions - LCC Batel), (PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA), (Projeto Colombo), (Projeto Zumbi - Mauá) etc.].
Não é necessário, contudo, mergulhar em lugares distantes do centro da capital do Paraná. Quem tem olhos pode ver pessoalmente. Curitiba atrai pessoas de toda espécie e nossas ruas são um espelho do Brasil, talvez com mais luxos e requintes, mas testemunhos de nossa história.
Felizmente agora dispomos de recursos de comunicação independente; as fantásticas redes sociais e sistemas que a Google e outras megaempresas criaram com extrema competência (blogues, youtube, etc.) além dos equipamentos digitais de gravação de imagens, sons e movimentos dão uma liberdade e potencial de expressão de nossas opiniões que não imaginávamos possíveis em nossa existência. Os computadores fazem o resto. No blog (Cascaes, TIinformando) criamos uma ponte para todos os espaços que exploramos nesse mundo cibernético.
E o Natal?
Jesus Cristo deve ter sido uma pessoa extraordinária, mas em sua época pouca esperança havia de resolver com fraternidade e liberdade os problemas da Humanidade, uma coleção de seres eventualmente racionais. A esperança era a vida após a morte e aqui existir de forma a conquistar um lugar no Paraíso. De filósofos e pregadores a imperadores o fundamental era usar os exércitos para disciplinar o povo radicalmente ignorante e perigoso.
Para sobreviver o “homo sapiens sapiens” vem das florestas e savanas com subprogramas em seu cérebro que eram fundamentais à sua luta por espaços, comida e segurança. Talvez ainda sejam tão importantes ou até mais do que nesses tempos imemoriais...
Nossas taras, atavismos, convicções e nossos padrões de comportamento escondem logo abaixo da pele impulsos primitivos facilmente perceptíveis entre torcidas organizadas a militantes religiosos e políticos.
Mais ainda, em qualquer ambiente secreto, discreto e público o zelo fanático pela propriedade privada, só para exemplificar, demonstra o rigor dos cuidados que temos pelos ossos que gostamos de roer.
Nossos padrões éticos e morais servem para racionalizar desejos, medos e instintos.
O que precisamos entender é que no século 21 da era cristã é possível pensar na saúde e felicidade geral dos povos, se eles superarem culturas obsoletas e nocivas. Estranhamente encontramos o culto às tradições; Eric Hobsbawm ilustra muito bem isso, Hannah Arendt procura entender, teóricos políticos acreditam que sabem e sociólogos fazem inúmeros estudos para gerar uma cultura em torno de nossos problemas dos mais triviais aos mais complexos (Cascaes, Livros e Filmes Especiais). Temos onde estudar e aprender, é só querer. O que limita a participação consciente é a ignorância voluntária, a alienação a que nos impomos crentes de que poderemos compensar tudo o que fizermos em atos de caridade e penitência.
O importante é saber que a Terra pode sustentar a vida em sua superfície, se quiser. Os desafios existem (Cascaes, Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente) dentro e fora de nossas cabeças. Podemos, contudo, garantir uma sociedade melhor se soubermos usar o que podemos aprender.
Ou seja, a esperança de evolução da Humanidade depende acima de tudo do desenvolvimento de sua capacidade de raciocinar e aproveitar informações que a Tecnologia já viabiliza em casa, no bolso, nas pastas até de alunos e alunas infantis.
Todo final de ano temos a semana da bondade e dos votos de sucesso, saúde, amor etc.
A Hipocrisia e os comerciantes ganham espaços. Até sentimentos justos se revelam com força, potencializados pelo clima natalino. O que estraga tudo é a escala de valores e prioridades, desde as mais condenáveis, como, por exemplo, a empáfia e egolatria de lideranças políticas e econômicas, até a simples luta pela sobrevivência.
Precisamos aprofundar estudos sobre ética e moral, o século 21 exige isso, pois a sobrevivência de todos, paradoxalmente, avança para situações de altíssimo risco. O que precisamos entender é que acima de convicções ideológicas e religiosas convém lembrar que na hora das tragédias seremos pessoas desesperadas, talvez lamentando a omissão dos tempos de fartura e riqueza de oportunidades.
Feliz ano novo.

Cascaes
25.12.2013

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Colombo: http://projeto-colombo.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Escola de Música Lions - LCC Batel: http://escolademusicalccbatel.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente: http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Sol Nascente: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (3 de 2010). Conhecendo a Obra Social Santo Aníbal (OSSA) . Fonte: Projeto Sol Nascente na Vila Audi: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/2010/03/conhecendo-obra-social-santo-anibal.html
Cascaes, J. C. (s.d.). PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA. Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA: http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). TIinformando. Fonte: TInformando - meus blogs: http://tinformando-meus-blogues.blogspot.com.br/
Deolindo, D. M. (12 de 2009). Como reduzir a gravidez precoce e a criminalidade . Fonte: Projeto Sol Nascente na Vila Audi: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/2009/12/como-reduzir-gravidez-precoce-e.html
Hobsbawm, E. (1998). Era dos Extremos. (M. C. Marcos Santarrita, Trad.) Companhia das Letras.
Hobsbawm, E. (2004). A Era das Revoluções 1789-1848. (M. P. Maria Tereza Lopes Teixeira, Trad.) Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Hobsbawm, E. (2007). A Era do Capital 1848 - 1875. (L. C. Neto, Trad.) São Paulo: Paz e Terra.
Hobsbawm, E. (2007). Globalização, democracia e terrorismo. (J. Viegas, Trad.) Companhia das Letras.
Hobsbawm, E. (s.d.). Como Mudar o Mundo. (D. M. Garschagen, Trad.) Editora Schwarcz S.A.
Hobsbawm, E. (s.d.). Era dos Extremos - O breve século XX 1914-1991. (M. Santarrita, Trad.) Companhia das Letras.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - ECA. (s.d.). Fonte: planalto.gov.br: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
Lyra, D. (2013). A República dos Meninos - juventude, tráfico e virtude. Mauad Editora Ltda.
Melo, C. E. (s.d.). Lions Clube Curitiba Batel. Fonte: Distritos Múltiplos "L" - Brasil: http://www.lions.org.br/lionsbatel/


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Quem fiscaliza alvarás e licenças da Prefeitura
Nossas cidades têm muitas obras. Elas mostram placas para o CREA, CAU e outras entidades corporativas, só faltam dizer se o pessoal é sindicalizado.
Onde estão as placas mostrando os códigos das licenças formais das prefeituras, a sequência de aprovações ou não, valores pagos em taxas e impostos? Número de telefone e portal com detalhes da obra aprovada?
Em Curitiba temos situações inacreditáveis. Um imenso shopping foi construído no Batel, só depois de pronto “descobriram” que possuía detalhes irregulares? Quem deixou isso acontecer? Por quê?
Algo justo e necessário é responsabilizar toda a escala de gerentes e técnicos que avalizaram coisas mal feitas, como a Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Vereadores de Curitiba sobre Requerimento nº. 049.00003.2013 relativo ao Transporte Coletivo Urbano de Curitiba (Cópia não oficial das conclusões e sugestões da CPI do Transporte Coletivo Urbano de Curitiba , 2013) o fez. É triste, ruim emocionalmente, mas necessário. Talvez assim enfrentem prefeitos e vereadores com mais vigor. Supomos que seus sindicatos saibam defendê-los.
Os tapumes em volta de canteiros de obras têm muitas informações, menos as principais que viabilizem plena consciência de responsabilidades. Já cansamos de ver o CREA, por exemplo, ao ser acionado dizer que simplesmente vigia o exercício da profissão. Ginástica?
Precisamos inclusive criar iniciativas próprias, tais como seminários e artigos alertando compradores de apartamentos novos de que serão responsáveis (Cascaes, 2013), eles também, pelas falhas possíveis de cumprimentos de normas técnicas e leis a favor das pessoas com deficiência. Isso acontecerá no IEP neste ano.
Vá lá, estamos no Brasil, aqui aprendemos que um “amigo” poderoso vale mais do que o Poder Judiciário, Prefeituras etc.; felizmente o CNJ está mostrando que isso pode mudar. Nas palavras ao longo do processo do mensalão, do Presidente do STF sentimos sua angústia a formas de “enrolação” da Justiça. Ótimo!
A Justiça é uma utopia, o que desejamos é a moralização do país e a aceitação tácita de tudo o que é feito para a vida civilizada. Isso significa intolerância a desvios de conduta, exigência da boa Engenharia, Arquitetura, Urbanismo, Medicina, Educação e assim por diante.
Queremos ser fiscais da inclusão.
Há décadas a questão “Inclusão” nasceu e cresceu com vigor em muitos países (Sassaki), aqui produziu semântica, seminários, congressos, livros, teses e dissertações etc. As pessoas com deficiência e todas aquelas que transitoriamente ou permanentemente precisam de ajustes de nossa sociedade continuam esperando. A (Deputada Federal Mara Gabrilli) que o diga.
Vamos à loucura quando sentimos mais protelações.
Se as PcD sentem todo o peso de suas dificuldades (cuidados com as palavras politicamente incorretas, isso é importantíssimo no Brasil e tema de muitos encontros), os pais dessas pessoas mais ainda, principalmente quando as seus filhos já nascem com problemas. É de revoltar e rebentar instituições e pessoas que continuam ocupando cargos e funções a favor da PcD e muito pouco fazem. São especialistas em palavras difíceis, paupérrimas em realizações concretas.
Queremos ser fiscais da inclusão, ajudem-nos.
Senhores vereadores e prefeitos viabilizem nosso trabalho. Queremos saber quem não respeita nossa população.
Simples placas bem feitas e funcionais indicando responsáveis por alvarás ao longo da obra já ajudarão muito.

Cascaes

24.12.2013
Cópia não oficial das conclusões e sugestões da CPI do Transporte Coletivo Urbano de Curitiba . (2013). Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2013/12/copia-nao-oficial-das-conclusoes-e.html
Cascaes, J. C. (2013). Acessibilidade Já, urgente, imediata. Fonte: Reurbanização Inclusiva : http://reurbanizacao-inclusiva.blogspot.com.br/2013/12/acessibilidade-ja-urgente-imediata.html
Deputada Federal Mara Gabrilli. (s.d.). Fonte: Portal Mara Gabrilli: http://www.maragabrilli.com.br/
Sassaki, R. K. (s.d.). Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. WVA(r) Editora e Distribuidora Ltda.


sábado, 7 de dezembro de 2013

terça-feira, 29 de outubro de 2013

CARTA ABERTA AO SENADO FEDERAL EM REPÚDIO À DECLARAÇÃO PRECONCEITUOSA DO SR. CLAUDIO DE MOURA CASTRO


De: Tânia Rosa Ferreita Cascaes [mailto:taniarosa@onda.com.br]
Enviada em: terça-feira, 29 de outubro de 2013 14:15
Para: João Carlos Cascaes
Assunto: ENC: Carta Aberta ao Senado Federal em repúdio à declaração preconceituosa do Sr. Claudio de Moura Castro



De: getecutfpr@googlegroups.com [mailto:getecutfpr@googlegroups.com] Em nome de Rita Cristiana Barbosa
Enviada em: terça-feira, 29 de outubro de 2013 14:01
Para: undisclosed recipients:
Assunto: Enc: Carta Aberta ao Senado Federal em repúdio à declaração preconceituosa do Sr. Claudio de Moura Castro

Você viram isso?

Rita


Em Terça-feira, 29 de Outubro de 2013 10:50, Presidência ANPEd <presidencia@anped.org.br> escreveu:


CARTA ABERTA AO SENADO FEDERAL
EM REPÚDIO À DECLARAÇÃO PRECONCEITUOSA
DO SR. CLAUDIO DE MOURA CASTRO
Brasil, 28 de outubro de 2013.
As entidades e os movimentos da sociedade civil que participam dos debates para a construção do novo Plano Nacional de Educação (PNE), desde a I Conae (Conferência Nacional de Educação, 2010), manifestam seu repúdio e exigem retratação pública à “proposição” desrespeitosa apresentada pelo Sr. Claudio de Moura Castro, em audiência pública realizada no dia 22 de outubro de 2013, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal.
Na ocasião, buscando reforçar seu argumento de que o PNE é inconsistente devido à participação da sociedade civil, o referido expositor sugeriu, em tom de deboche, que sua proposta ao plano seria oferecer “um bônus para as ‘caboclinhas’ de Pernambuco e do Ceará se casarem com os engenheiros estrangeiros, porque aí eles ficam e aumenta o capital humano no Brasil, aumenta a nossa oferta de engenheiros” (sic).
Preconceituosa, a “proposição” é inadmissivelmente machista e discriminatória. Constitui-se em uma ofensa às mulheres e à educação brasileira, inclusive sugerindo a subjugação das mesmas por estrangeiros. Além disso, manifesta um preconceito regional e racial inaceitável, especialmente em uma sociedade democrática. Entendemos que a diversidade de opiniões não pode significar, de forma alguma, o desrespeito a qualquer pessoa ou grupo social.
Compreendemos, ainda, que tal manifestação representa um desrespeito ao próprio Senado Federal, como Casa Legislativa que deve ser dedicada ao profícuo debate democrático, pautado pela ética e pelo compromisso político, orientado pelos princípios da Constituição Federal de 1988 e de convenções internacionais de Direitos Humanos. A elaboração do PNE, demandado pelo Art. 214 da Carta Magna, não deve ceder à galhofa, muito menos quando preconceituosa.
Por esta razão, os signatários desta Carta esperam contar com o compromisso dos parlamentares e das parlamentares em contestar esse tipo de manifestação ofensiva aos brasileiros e às brasileiras. Nesse sentido, esperamos as devidas escusas do Sr. Claudio de Moura Castro, que com seus comentários discriminatórios desrespeitou profundamente nossa democracia e a sociedade.
Movimentos e entidades signatárias (por ordem alfabética):
ABdC (Associação Brasileira de Currículo)
Ação Educativa - Assessoria, Pesquisa e Informação
ActionAid Brasil
Aliança pela Infância
Anfope (Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação)
Anpae/DF (Associação Nacional de Política e Administração da Educação – Distrito Federal)
Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação)
Assopaes (Associação de Pais de Alunos do Espírito Santo)
Auçuba Comunicação Educação
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
CCLF-PE (Centro de Cultura Luiz Freire – Pernambuco)
Cedeca-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
Cedes (Centro de Estudos Educação e Sociedade)
Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária)
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino)
Escola de Gente - Comunicação e Inclusão
Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação)
Flacso Brasil (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais)
Fojupe (Fórum das Juventudes de Pernambuco)
FOMEJA (Fórum Mineiro de Educação de Jovens e Adultos)
Fóruns de Educação de Jovens e Adultos do Brasil
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Geledés - Instituto da Mulher Negra
Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos)
Instituto Avisa Lá
IPF (Instituto Paulo Freire)
Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
Mova Brasil (Movimentos de Alfabetização de Jovens e Adultos do Brasil)
Movimento Mulheres em Luta do Ceará
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
Omep/Brasil/RS – Novo Hamburgo (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar)
RedEstrado (Rede Latino-americana de Estudos Sobre Trabalho Docente)
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos
Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

Unipop (Instituto Universidade Popular)

Impasse pode adiar votação do Marco Civil da Internet

Impasse pode adiar votação do Marco Civil da Internet: Um impasse sobre a “neutralidade da rede”, jargão utilizado para definir que o acesso a todos os sites precisa ser feito na mesma velocidade, pode adiar mais uma vez a votação do Marco Civil da Internet, prevista para ocorrer nesta semana na Câmara dos De...

A falsa conversão de Roberto Carlos à liberdade de expressão

A falsa conversão de Roberto Carlos à liberdade de expressão

Qual é o preço da Liberdade de expressão?

Quem é a favor da censura?
Quem acredita em autobiografias?
Existe, por enquanto, mídia comercial livre?
As redes sociais devem ser "controladas"?

domingo, 27 de outubro de 2013

Macbeth do pré-sal

Macbeth do pré-sal

Inclusão é cidadania

Inclusão universal e a Tecnologia
No mundo “século 21” estamos às portas dos paraísos ou das profundezas dos infernos terrestres e distantes, tudo vai depender de muita sorte e competência da Humanidade, algo extremamente duvidoso. De qualquer forma a inteligência coletiva deslancha a Ciência para espaços inimagináveis, viabilizando soluções impensáveis há poucas décadas.
Ou seja, entramos para um período da História Universal (será história) em que podemos resolver problemas ancestrais.
Podemos parar de fazer discursos poéticos e aplicar conhecimentos técnicos para o aprimoramento da vida, desde o exercício essencial de técnicas e processos de manutenção e operação, até o sonho da reurbanização com prioridade para a dignidade de todos os habitantes de nossas cidades.
Chegamos aos tempos da “solucionática”, se houver vontade política.
Não há desculpa exceto em situações extremas.
A prioridade sendo o bem estar do povo e não a gratificação de elites alienadas pode transformar a vida de centenas de milhões de pessoas espalhadas pelos quatro cantos da Terra.
Acrescente-se a isso que essa disposição é uma oportunidade empresarial, principalmente para empreendedores inovadores e pioneiros.
O 1 Seminário de Tecnologia e Acessibilidade, realizado pelo Instituto de Engenharia do Paraná (Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade -) abriu a oportunidade de chamamento desse potencial no Paraná, estado ainda relativamente inerte às oportunidades imensas de criar pesquisas e empresas dedicadas aos idosos e idosas, às pessoas com deficiência(s) e outras em condições de fragilidade, mais ainda, colocar enfaticamente a importância de correções de rumos na administração de nossas cidades, escolas, universidades, laboratórios, clubes etc.
Devemos rever prioridades, pois agora é tempo, finalmente, de colocar a inclusão universal  no maior nível de atenção e convergência de vontades.
A inclusão ainda esbarra em barreiras primárias. O preconceito é brutal, nossos RH continuam em tempos de gibi de meio século passado, os super isso e aquilo com imagens retocadas fazem a mídia das empresas (os marqueteiros e seus chefes querem resultados imediatos). Algo darwiniano e doentio.
O estudo do mercado de trabalho na RMC mostrou isso na apresentação da UTFPR.
Merece destaque a apresentação que o professor Percy Nohama fez do trabalho de seus alunos nas universidades UTFPR e PUC PR. Temos indícios (finalmente) de maior atenção para a aplicação do conhecimento humano a favor das pessoas com deficiência, que se reforçam relembrando as manifestações de outros professores e do trabalho da Professora Leomar Marchesini (Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais).
Tudo o que se faz de eficaz e que mereça destaque em nossas universidades e centros de P&D precisa, contudo, de parcerias com empresários e órgãos de fomento [ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)), (Agência Brasileira da Inovação)] para que seus produtos apareçam em prateleiras comerciais e tenham garantia de continuidade. A pesquisa e desenvolvimento de soluções sem aproveitamento comercial tende a ser perdida, inócua, ineficaz.
Felizmente na área do ensino o EAD ganha espaço aceleradamente.
Entre as melhores e mais eficazes aplicações do conhecimento humano merece destaque o Ensino a Distância (EAD) que a UNINTER/SIANEE (Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais) oferecem. É um tremendo espaço de racionalização da formação profissional e humanística, pois praticamente universaliza oportunidades de aprendizado e educação, desde que feitos com eficiência e na preocupação de atender todos que estiverem dispostos a estudar.
A acessibilidade e a inclusão de todos na vida urbana precisam, contudo, de muito mais. Segurança, mobilidade, educação de todos e adaptação de lugares é uma imposição para nossos governantes, que, eleitos, têm a responsabilidade de governar pensando no envelhecimento e ampliação de pessoas que carecem de muito mais do que se oferece a atletas tradicionais.
Existe determinação e vontade real dos nossos governantes de se reconstruir um Brasil ainda extremamente elitizado e indiferente aos problemas das pessoas com deficiência, idosos e idosas  e, principalmente, nossas crianças mais dependentes da atenção de todos?
Cascaes
27.10.2013
Agência Brasileira da Inovação. (s.d.). Fonte: FINEP: http://www.finep.gov.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade -: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (19 de outubro de 2013). FINEP - Área de fomento e novos negócios . Fonte: Educação e Tecnologia Assistiva - Inovação e Dignidade: http://ta-inovacao-dignidade-autonomia.blogspot.com.br/2013/10/finep-area-de-fomento-e-novos-negocios.html
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (s.d.). Fonte: CNPq: http://www.cnpq.br/
Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. (s.d.). Fonte: Grupo UNINTER: http://www.grupouninter.com.br/centrouniversitario/sianee.php



sábado, 19 de outubro de 2013

UNESCO coordena campanha pela igualdade de gênero e pela cultura na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

UNESCO coordena campanha pela igualdade de gênero e pela cultura na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

O entreguismo mafioso

A lógica da derrota
O leilão em andamento para exploração do Campo de Libras é mais um passo no desmonte da soberania popular no Brasil.
Multinacionais e megaempresas privadas não têm pátria, exceto quando submetidas a controles diretos e indiretos da população.
O famoso liberalismo econômico sempre foi uma farsa a serviço das grandes potências. Dentro delas governos fortes administravam e nunca deixaram de fazê-lo as liberdades empresariais. A indústria bélica, por exemplo, é um excelente exemplo da camuflagem utilizada. Sob a desculpa de proteger empresas sensíveis à segurança nacional elas sempre tiveram nessas fortalezas incentivos, mercado reservado, contratos sem muito critério e lobbies explícitos em parlamentos, algo que viabilizou empresas de outros produtos de interesse geral, potências industriais famosas agora.
Países insignificantes se deixaram dominar. Não tinham outra opção. Como recompensa recebem quirelas que viabilizam alguns luxos.
Quando nações educadas e disciplinadas em torno do verdadeiro amor à Pátria mergulharam em crises e desastres, após o período pior souberam reerguer-se, como é o caso da China, Japão, Alemanha e até a Itália.
O Brasil é um caso que merece estudos e trabalhos dos maiores especialistas do Universo.
Aqui teríamos tudo para crescer, chegamos até a preocupar os gringos, como aconteceu na década de setenta do século passado. Perdemos e voltamos ao fundo do vale.
As grandes estatais se desmancham, outras já foram doadas a grupos “nacionais” e estrangeiros. Modelos “modernos” de negócio foram construídos a partir do desmonte moral e mafioso de governos que mereceriam ser fuzilados. Gente “esperta” demais para merecer a vida entre nós.
Nosso povo, maldosamente mantido no universo lúdico e místico, é anestesiado permanentemente.
Temos uma classe média que vive bem, isso acalma lideranças. Ela, dispondo dos felás, párias, escravos e outros mantém padrões de vida acima de outras similares em continentes mais desenvolvidos.
Formamos uma “nação” continental frágil, contudo. Nossas Forças Armadas agora fazem o papel de tropas de auxiliares de polícias militares e a Polícia Federal simplesmente cumpre ordens para submissão a leis feitas ao sob encomenda de ONGs estrangeiras.
O cenário mundial muda constantemente. O império da força bruta é, contudo, uma realidade amarga, mas inquestionável. Na Europa da idade Média muitos reinados desapareceram sob invasões de hunos, bárbaros e vikings. Enquanto rezavam em inúmeras catedrais os invasores degolaram, estupraram, roubaram e destruíram povos dos quais agora temos poucos vestígios.
Isso pode se repetir?
Naturalmente que sim, mais ainda quando simples meteoritos poderão mudar a geografia da Terra.
Outras estratégias de dominação foram usadas além da força bruta. O império do Vaticano durou séculos (exemplo), a diplomacia das canhoneiras intimidou o Império aqui mesmo, empresas comerciais e banqueiros sabiam como manipular casas reais apodrecidas.
Tudo isso continua existindo.
Mudam os carimbos, a essência é sustentada pelas lógicas do terrorismo da “inflação”, das dívidas artificiais e imposição de novas tecnologias (por exemplo, obsolescência programada, vide telecomunicações no Brasil).
O mais incrível, contudo, é ver como partidos que se diziam redentores da dignidade nacional vestirem tacitamente os figurinos entreguistas...
Quem defende o povo brasileiro?

Cascaes
19.10.2013


Getúlio Vargas, Petrobras e o leilão do Campo de Libra

Getúlio Vargas, Petrobras e o leilão do Campo de Libra: Nas exageradas comemorações na mídia pelos 60 anos da Petrobras, quase não se divulgou que a mensagem presidencial ao Congresso Nacional criando a estatal e a sanção da Lei 2004, de 3 de outubro de 1953, foram de autoria do presidente Getúlio Vargas, no s...

A revolta popular que não foi por apenas 20 réis

A revolta popular que não foi por apenas 20 réis: Uma multidão toma as ruas de Curitiba em direção à sede do governo. Há enfrentamentos entre policiais e a população civil. Revoltosos são presos e feridos. Tiros são disparados para todos os lados. O cenário bem que poderia ser o dos protestos que tomaram...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ruas sem nome

Ruas sem nome: Procure no Google Maps. Na vasta faixa da Rocinha, apenas duas vias têm nome: a Estrada da Gávea, na superfície, e o Túnel Zuzu Angel, no subterrâneo. Os Correios não dispõem de um mapa de ruas da Rocinha. Na favela, só recebem cartas em casa os assinante...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

IAI - Instituto Amigos da Pessoa Idosa

Os idosos e produtos e serviços essenciais

ANS retoma suspensão da comercialização de planos de saúde mal avaliados

http://www.ans.gov.br/a-ans/sala-de-noticias-ans/consumidor/2258-ans-retoma-suspensao-da-comercializacao-de-planos-de-saude-mal-avaliados


ANS retoma suspensão da comercialização de planos de saúde mal avaliados

Data de publicação: Quarta-feira, 09/10/2013
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) obteve no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, decisão que autoriza a retomada da suspensão da comercialização de planos de saúde que descumprem a legislação e os contratos com os consumidores. Conforme o presidente do STJ, o ministro Felix Fischer, o monitoramento da garantia de atendimento, que resulta nas suspensões, deve ser mantido da forma como é realizado há um ano e meio, pelo interesse público da medida. Com isso, 246 planos de 26 operadoras voltam a ter a comercialização suspensa pela ANS.
A decisão do STJ sobrepõe-se a liminares dos Tribunais Regionais Federais da 2ª Região (no Rio de Janeiro) e da 3ª Região (em São Paulo), que questionaram nos últimos meses o monitoramento e as suspensões aplicadas pela Agência. A ANS utiliza as reclamações sobre o descumprimento de prazos para a realização de consultas, exames e cirurgias, além de negativas indevidas de cobertura assistencial aos consumidores, para avaliar os planos de saúde. Cada ciclo de monitoramento dura três meses e, em casos de reincidência de irregularidades, são aplicadas as suspensões.


Grupo técnico

Conforme a decisão do STJ, a retomada do monitoramento resguarda a proteção à saúde e a ordem pública. “A Justiça restabelece a competência da ANS para realizar o monitoramento da garantia de atendimento, como forma de defesa do consumidor. A Agência mantém seu compromisso com a regulação do setor de saúde suplementar”, ressalta o diretor-presidente da ANS, André Longo. “Anunciamos, ainda, que estamos constituindo um Grupo Técnico do Monitoramento da Garantia de Atendimento com o objetivo de aprimoramento permanente de nossa metodologia”.
O novo Grupo Técnico do Monitoramento da Garantia de Atendimento será constituído de imediato, com representantes de cada entidade representativa das operadoras de planos de saúde e de defesa dos consumidores, e com técnicos da ANS.
No sexto e último ciclo de monitoramento da garantia de atendimento, anunciado em 20 de agosto deste ano, havia sido suspensa a comercialização de 212 planos de saúde de 21 operadoras. A estes, somaram-se outros 34 planos de 5 operadoras que já estavam sob a suspensão de venda desde o ciclo anterior e que não sanaram os problemas de atendimento apontados pelos consumidores.
De março a junho de 2013, foram recebidas 17.417 reclamações sobre a garantia de atendimento. É um número seis vezes maior do que no primeiro ciclo, no primeiro trimestre do ano passado, quando começou a ação. Neste momento, as suspensões protegem 4,7 milhões de beneficiários – o equivalente a 9,7% do total de beneficiários de planos de assistência médica no país.
Este resultado do sexto ciclo, que agora é retomado, refere-se ao período entre 19 de março e 18 de junho de 2013. Das 553 operadoras com pelo menos uma reclamação sobre o não cumprimento dos prazos máximos para atendimento ou de outro tipo de negativa de cobertura registrada nesses três meses, 523 são operadoras médico-hospitalares e 30 estão voltadas à assistência exclusivamente odontológica.
O monitoramento não resultou apenas em suspensões, mas em reativações de planos que melhoraram o atendimento ao seu beneficiário. A todo, 125 planos de 6 operadoras foram reativados.


Medida preventiva

O monitoramento da garantia de atendimento é uma medida preventiva, antes que se aplique medidas ainda mais rigorosas. As operadoras de planos de saúde que não cumprem os critérios de garantia de atendimento definidos pela ANS estão sujeitas a multas que variam de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Em casos de reincidência, podem ter decretado regime especial de direção técnica, inclusive com a possibilidade de afastamento dos seus dirigentes.
Em prol do consumidor, uma outra medida importante adotada pela Agência é que, desde maio deste ano, as operadoras de planos de saúde são obrigadas a justificar por escrito, em até 48h, o motivo de ter negado autorização para algum procedimento médico, sempre que o usuário solicitar. Cada vez que deixarem de informar a cláusula do contrato ou dispositivo legal que explique a negativa, são penalizadas em R$ 30 mil. A negativa de cobertura é a principal reclamação de usuário – respondeu por 75,7% das 75.916 reclamações recebidas pela ANS em 2012.
A ANS alerta para que o consumidor denuncie sua operadora caso não consiga agendar o atendimento com os profissionais ou estabelecimentos de saúde credenciados pelo plano, dentro do prazo máximo previsto ou tenha negadas as coberturas previstas em contrato. Para isso, conta com os seguintes canais de atendimento: Disque ANS (0800 701 9656), Central de Relacionamentono sítio eletrônico da Agência (www.ans.gov.br) e os 12 Núcleos da ANS nas principais capitais brasileiras.

domingo, 6 de outubro de 2013

Combate à corrupção é tema do Fórum Transparência e Competitividade - Notícias - Sistema FIEP - Fórum Transparência e Competitividade

Combate à corrupção é tema do Fórum Transparência e Competitividade - Notícias - Sistema FIEP - Fórum Transparência e Competitividade

Programação - Sistema FIEP - Fórum Transparência e Competitividade

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O que é - Sistema FIEP - Fórum Transparência e Competitividade

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Faça a sua inscrição - Sistema FIEP - Fórum Transparência e Competitividade

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Um código de ética, por favor

Ética profissional e os serviços essenciais
O Brasil chegou a um patamar repugnante de exacerbação do egoísmo corporativo.
Talvez sob a lógica de intelectuais universais que acreditam em ideologias e em teses a serem defendidas sem maior objetividade, como explica Michel Foucault em seus últimos livros (muitos livros escritos por ouvintes dessas aulas que devem ter sido fantásticas, como resultado de seus discursos), vejamos um pragmatismo doentio contaminando tudo o que acontece em nossa pátria. Ele valorizava ações objetivas e conscientes da realidade existente (na análise colocada genialmente em seu livro (Arqueologia do Saber)), a partir dos quais define o  “intelectual especialista”, ou seja, o que é mais objetivo e faz acontecer. Aliás, Hannah Arendt teria chegado lá para nós se tivesse vivido um ano mais. Lamentavelmente morreu antes de escrever meticulosamente sobre o “homem de ação”.
Numa visão parresiasta (vide (Foucault - a coragem da verdade, 2003)) não podemos esquecer (Nietzsche) e maravilhosamente o que ele romanceia em um de seus livros, entre os quais “Assim falou Zaratustra” [ (Wikipédia), (Nietzsche F. ), (Nietzsche, a construção do Zaratustra), (Nietzsche - Human, All Too Human (Full BBC Documentary))].
Tudo poderia ser resumido no livro (O Senhor das Moscas - "Lord of Flies") se o tema a ser analisado for o comportamento de nossas corporações.
Precisamos, talvez seja impossível, educar e aprender muito sobre ética e moral para pretender o que sonhamos. Quais são os limites?
A polêmica em torno do (Programa Mais Médicos) é extremamente didática e pode rapidamente gerar uma compreensão do que queremos dizer.
As greves e o péssimo serviço de concessionárias federais (principalmente) assim como a leniência e omissão de sindicatos e associações fazendo de conta de que nada sabiam até a Polícia Federal revelar inquéritos é outra evidência do Estado doente, mal educado, viciado em benefícios sem risco ou crentes da impunidade.
Com certeza muito da fragilidade de nossas instituições está na falta de transparência técnica, além da administrativa.
A fragilidade técnica tem muitas causas, entre elas a colocação de pessoas absolutamente despreparadas para os cargos que ocupam. É fácil de ver isso nas cidades, principalmente em metrópoles como é o caso de Curitiba, cheia de escaninhos teoricamente existentes para o aprimoramento da administração técnica, na realidade, talvez, para colocar companheiros e indicados por partidos da base que elegeu o prefeito.
Ungidos entre os tangidos pelos poderosos assumem cargos para os quais não estavam preparados nem dispostos a realizar um bom trabalho a favor do povo em geral.
E o ser humano?
É interessante sentir o fervor patriótico em cerimônias em que pessoas crentes de bons princípios acham, depois,  extremamente natural cooperar com os “acordos políticos impublicáveis”. Honestidade é isso? Companheirismo significa renunciar a qualquer orientação pública e justa?
Na Copel vemos uma preocupação para que os diretores sejam escolhidos entre funcionários de carreira da empresa. É um bom critério?
Qualquer corporação de grande porte contém pessoas de inúmeros padrões éticos e morais. Seria suficiente pertencer à corporação para merecer cargos de relevância?
Os políticos devem sentir o peso de compromissos de campanha quando se veem limitados a esse ponto nas suas nomeações. Além dos compromissos partidários, querem que aceitem tacitamente gente da “casa”, e o perfil ético?
A ênfase deve ser a qualidade moral e competência técnica, o que pode significar a escolha de pessoas externas à corporação (de qualquer espécie).
Durante a luta pela Copel vimos e passamos por situações inusitadas. Com a omissão de especialistas e lideranças de toda sorte (internas e externas à empresa) quase que a empresa foi doada ao Itaú (Ação Popular ) e depois, quando o governador anunciou a privatização [ (Anúncio da proposta de venda da COPEL ), (Início da luta contra a privatização - releases)] teve início uma série de episódios que mostraram como se revertem as ideologias, vontades etc., bastou anunciarem a distribuição de migalhas entre os funcionários...
O que pretendemos afirmar é que acima de tudo é essencial uma postura ética em relação ao povo, quem realmente paga salários e outros custos das concessionárias, algo que o neoliberalismo procura atenuar, afinal investidores querem autômatos descartáveis.
Precisamos até por força de leis municipais, estaduais e federais criar códigos de ética severos; utopia? Provavelmente, chegamos a um nível moral muito baixo seguindo a (Lei de Gérson). O que fazer para recuperar a dignidade?
Nossas lideranças bem intencionadas, dentro e fora de partidos políticos, instituições, concessionárias, universidades etc. deveriam debater exaustivamente o tema: “o que fazer para recuperar o prazer e a honra de ser brasileiro” e ter como diretriz a pertinência e coerência a favor do bom governo.

Cascaes

[org.], F. G. (2003). Foucault - a coragem da verdade. Parábola.
Cascaes, J. C. (s.d.). Ação Popular . Fonte: A luta pela Copel: http://alutapelacopel.blogspot.com.br/2008/08/ao-popular.html
Foucault, M. (s.d.). Arqueologia do Saber. (Forense Universitária) Fonte: http://www.deboraludwig.com.br/arquivos/foucault_arqueologia_do_saber.pdf
Golding, W. (s.d.). O Senhor das Moscas - "Lord of Flies". Editora Nova Fronteira.
Início da luta contra a privatização - releases. (s.d.). Fonte: A Luta pela Copel: http://alutapelacopel.blogspot.com.br/2008/08/incio-da-luta-contra-privatizao.html
JULIANA DE MARI, R. Z. (s.d.). Anúncio da proposta de venda da COPEL . Fonte: A Luta pela Copel: http://alutapelacopel.blogspot.com.br/2008/08/anncio-da-proposta-de-venda-da-copel.html
Lei de Gérson. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_G%C3%A9rson
Nietzsche - Human, All Too Human (Full BBC Documentary). (s.d.). Fonte: YOUTUBE: http://arteeculturauniversal.blogspot.com.br/2013/10/nietzsche-human-all-too-human-full-bbc.html
Nietzsche, a construção do Zaratustra. (s.d.). Fonte: TERRA: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/nietzsche_ultimo2.htm
Nietzsche, F. (s.d.). Assim Falava Zaratustra. (J. M. Souza, Produtor) Fonte: eBooksBrasil.com: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/zara.pdf
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.
Programa Mais Médicos. (s.d.). Fonte: Portal da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/417/mais-medicos.html
Wikipédia. (s.d.). Assim Falou Zaratustra. Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Assim_Falou_Zaratustra




quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O homem que não tinha preço

O homem que não tinha preço: Hoje o Tribunal de Justiça do Paraná elege o seu novo presidente, e isso diz respeito de perto aos paranaenses e àqueles que buscam o socorro da Justiça. Segundo o ditado, errar uma vez é humano, mas persistir no erro é coisa de quem não é inteligente. Nã...

Protestos de junho: moradora de rua continua presa

Protestos de junho: moradora de rua continua presa

A JUSTIÇA, Medicina, Urbanismo etc existem no Brasil? O Estado está a serviço das elites?

O tratamento desigual e discriminatório da periferia das cidades é justo?
Os mais pobres não merecem respeito?
Nossas corporações, sindicatos, partidos políticos só enxergam seus próprio interesses?
O Brasil precisa mudar a favor de seu povo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Quem decide o que devemos pensar?

Emissoras de TV?
Grandes jornais?
Redes Sociais?
Nós mesmos podendo escolher?
Temos Liberdade no Brasil?
Vamos perdê-la?

sábado, 28 de setembro de 2013

Racionalização, corrupção e política

Qualquer semelhança é mera coincidência
Conversando entre amigos e conhecidos, vamos descobrindo detalhes de personalidades que assustam, quando essas “figuras” têm muito poder.
Delinquentes, criminosos, estelionatários etc. ou simplesmente alienados encontram em fórmulas mágicas as justificativas para seus atos.
Esquecem que agindo dessa forma contrariam a si mesmos, deixando de ver quanto poderiam ser melhores e mais felizes se mudassem o valor de suas moedas (Foucault - a coragem da verdade, 2003). Éticas oportunistas os afastam de comportamentos realmente coerentes com a figura de Deus que dizem acreditar, respeitar, temer, adorar (Spinoza). Com certeza outros códigos de ética e até definições existem.  O que não faz sentido num mundo cristão é qualquer coisa que resulte em danos irreparáveis à comunidade, ao povo e a si mesmos.
A Humanidade já coleciona muitas histórias impressionantes e assustadoras. O regime soviético, o maoísmo e o nazifascismo (As Origens do Totalitarismo) assim como o império de delirantes generais no Japão, para ficarmos entre os casos mais analisados de todos os tempos, preocupam quando observamos entre nós lideranças totalitárias, egocêntricas ou simplesmente extremamente poderosas e incompetentes ou desonestas.
A má fé pode ser uma característica de poderosos, mergulhando o país na corrupção, da qual vimos a “ponta do iceberg” de um longo período de nossa história recente. Uma quadrilha bem sucedida serve de modelo para outras, é a lógica do crime organizado e a escola da vida da bandidagem.
Com liberdade e democracia, liberdade real, o povo pode reagir (querem criar mordaças, a regulamentação da internet é o maior perigo entre nós (ONU critica “excesso de regulamentação” na web, 2006)) e mudar nas urnas o que elas permitirem nesse cenário de apropriação permanente de siglas partidárias.
A internet é a metralhadora que pode ser usada para varrer certos personagens de seus postos. A Mídia comercial é cara e para sobreviver depende de patrocínios...
Com certeza há muito a ser aprimorado na utilização da internet [ (VINTON G., 2012). (Na ONU, entidades defendem direitos humanos como princípio de regulação da internet , 2011), (Technical Note No. 11 )]. Temos o direito de escolher os “menos ruins” entre uma elite que domina com o apoio de “esquemas” fortíssimos. Infelizmente, contudo, a estrutura política impede a existência da Democracia real entre nós. Ela existe entre “patrícios” e pretorianos.
O pesadelo deste jogo é sentir que as grandes corporações, sejam elas de trabalhadores ou empresários, banqueiros ou funcionários públicos, assimilaram a lógica de que os acordos políticos são sagrados. Não importa que juramentos façam de amor ao Brasil e honestidade, vale a conveniência de companheiros...
Impressionantemente comum entre nós é a racionalização de comportamentos espertos.
Da Wikipédia extraímos:
“Na sociologiaracionalização se refere a um processo no qual um número crescente de ações sociais se baseia em considerações de eficiência teleológica ou de cálculo, em vez de motivações derivadas da moral, da emoção, do costume ou da tradição. Muitos sociólogos consideram a racionalização como um aspecto central da modernidade, que se manifesta especialmente na sociedade ocidental, em aspectos como o comportamento no mercado capitalista, a administração racional do Estado e a expansão da ciência e tecnologia modernas.”
O principal prejuízo é a corrupção colocada como um compromisso de campanhas políticas e lealdade. É espantoso sentir o padrão ético de pessoas estratégicas, que se sentem obrigadas a defender qualquer tese de seus chefes.
Isso apareceu também em uma discussão com um conhecido em Blumenau, um membro local de uma das muitas tendências do PT. Ele ficou surpreso com a cobrança de honestidade intelectual, para quê? Para que sua facção perdesse prestígio e militantes?
Vivendo sentimos que (Nietzsche) tinha razão quando analisava a personalidade humana de seu tempo, e de hoje seria se vivesse.
O processo político brasileiro demonstra que falta espaço para mais hipocrisia. “Virgens” ofendidas declaram-se surpresas com os erros de outras.
O pior é que ao final todos perdem a vergonha e o que era sigiloso passa a ser feito abertamente.
Sentimos isso após a percepção dos governantes de que as manifestações de junho de 2013 seriam passageiras.
Neste cenário, qual será o futuro de nosso povo?
Qualquer semelhança com novelas e guerras de bandidos é mera semelhança. Mentir é a regra e para sustentar a canalhice as lógicas da racionalização[1] imperam.

Cascaes
25.9.2013
Arendt, H. (2007). As Origens do Totalitarismo. (R. Raposo, Trad.) São Paulo: Companhia das Letras.
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.








[1] Wikipedia
Na sociologia, racionalização se refere a um processo no qual um número crescente de ações sociais se baseia em considerações de eficiência teleológica ou de cálculo, em vez de motivações derivadas da moral, da emoção, do costume ou da tradição. Muitos sociólogos consideram a racionalização como um aspecto central damodernidade, que se manifesta especialmente na sociedade ocidental, em aspectos como o comportamento no mercado capitalista, a administração racional do Estado e a expansão da ciência e tecnologia modernas.
Muitos sociólogos, teóricos críticos e filósofos contemporâneos têm argumentado que a racionalização, falsamente assumida como progresso, tem um impacto negativo de desumanização da sociedade, distanciando a modernidade dos princípios centrais do Iluminismo.1 Os fundadores da sociologia atuavam como uma reação crítica à racionalização:
Marx e Engels associavam o surgimento da sociedade moderna, sobretudo, com o desenvolvimento do capitalismo; para Durkheim, estava conectado em particular com a industrialização e com a nova divisão social do trabalho que ela trouxe; para Weber, tinha a ver com o surgimento de uma distinta maneira de pensar, o cálculo racional que ele associou com a ética protestante (mais ou menos o que Marx e Engels falam em termos da "água gelada do cálculo egoísta"nota 1 ).
 John Harriss The Second Great Transformation? Capitalism at the End of the Twentieth Century 19922

Índice

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Racionalização e capitalismo[editar]

A racionalização formou um conceito central na fundação da sociologia clássica, especialmente no que diz respeito à ênfase que a disciplina colocou - por contraste com a antropologia - sobre a natureza das sociedades ocidentais modernas. O termo foi apresentado pelo influente antipositivista alemão, Max Weber, e seus temas tiveram paralelo nas críticas da modernidade estabelecidas por numerosos estudiosos. Uma rejeição da filosofia dialética da história e do evolucionismo sociocultural informa o conceito.
Weber demonstrou um exemplo de racionalização em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, obra na qual aponta que certas denominações protestantes, principalmente o calvinismo, adotaram uma forma de lidar com a "ansiedade de salvação" através de meios racionais de ganho econômico. As conseqüências racionais dessa doutrina, segundo o autor, logo se tornaram incompatíveis com suas raízes religiosas, e assim estas últimas acabaram por ser descartadas. Weber continua sua investigação sobre esse assunto em trabalhos posteriores, nomeadamente nos seus estudos sobre a burocracia e as classificações de autoridade (ou dominação). Nesses trabalhos, ele faz alusão a um movimento inevitável para a racionalização.
Weber acreditava que um movimento no sentido da autoridade racional-legal era inevitável. Na autoridade carismática, a morte de um líder encerra o poder dessa autoridade e só através de uma base racionalizada e burocrática pode essa autoridade ser passada adiante. As autoridades tradicionais, nas sociedades racionalizadas, também tendem a desenvolver uma base racional-legal para melhor garantir uma adesão estável.
O que Weber retratou não foi apenas a secularização da cultura ocidental, mas também e sobretudo o desenvolvimento das sociedades modernas do ponto de vista da racionalização. As novas estruturas da sociedade foram marcados pela diferenciação dos dois sistemas funcionalmente entrelaçados que tinham tomado forma em torno dos núcleos organizacionais da empresa capitalista e do aparelho burocrático estatal. Weber entendeu este processo como a institucionalização da ação racional quanto a fins nas esferas econômica e administrativa. Na medida em que a vida cotidiana foi afetada por essa racionalização cultural e social, as formas tradicionais de vida - que no início do período moderno foram diferenciadas principalmente de acordo com as ocupações - foram dissolvidas.
 Jürgen Habermas Modernity's Consciousness of Time1
Enquanto em sociedades tradicionais, como o feudalismo, o governo é gerido sob a liderança tradicional, por exemplo, de uma rainha ou de um chefe tribal, as sociedades modernas funcionam sob sistemas racionais-legais. Uma característica positiva em tais sistemas, representados pelos contemporâneos sistemas democráticos, é que tentam remediar as questões qualitativas (como a discriminação racial) com meios quantitativos racionalizados (no caso, a positivação dos direitos civis). Por outro lado, em sua obra Economia e sociedade, Weber descreveu os efeitos últimos da racionalização como levando a uma "noite polar de gélida escuridão", em que a crescente racionalização da vida humana encarcera os indivíduos em uma "jaula de ferro" (ou "rija crosta de aço", "carapaça rígida como aço"nota 2 ) de controle racional baseado em regras.
Jürgen Habermas argumenta que, para entender a racionalização corretamente, deve-se ir além da noção de racionalização de Weber, distinguindo entre aracionalidade instrumental, que envolve cálculo e eficiência (isto é, que reduz todas as relações a relações entre meios e fins), e a racionalidade comunicativa, que implica o alargamento do alcance da compreensão mútua na comunicação, a capacidade de expandir esse entendimento por meio do discurso reflexivo sobre a comunicação e a subordinação da vida social e política a esse entendimento ampliado.
Está claro que, em A Teoria da Ação Comunicativanota 3 , Weber figura em algo parecido com o papel que Hegel desempenhou para Marx. Weber, para Habermas, não deve tanto ser virado de ponta-cabeça (ou colocado de pé) como persuadido a ficar sobre duas pernas, em vez de uma, a sustentar sua teoria da modernidade com análises mais sistemáticas e estruturais do que as da racionalização (quanto a fins) da ação ... Weber "se desvia de uma teoria da ação comunicativa", quando ele define a ação em termos do sentido subjetivo a esta atribuído pelo ator. Ele não elucida "sentido" em conexão com o modelo do discurso, ele não o relaciona ao meio lingüístico do entendimento possível, mas às crenças e intenções de um sujeito que age, tomado de forma isolada. Isso o leva a sua conhecida distinção entre ação racional quanto a valores, racional quanto a fins, tradicional e afetiva. O que Weber deveria ter feito, em vez disso, era ter se concentrado não sobre as orientações de ação, mas nas estruturas gerais do mundo da vida a que pertencem os sujeitos atuantes.
 William Outhwaite Habermas: Key Contemporary Thinkers 19883

O Holocausto: modernidade e ambivalência

A linha de trem que conduzia ao campo de extermínio deAuschwitz II (Birkenau).
Para Zygmunt Bauman, a racionalização como uma manifestação da modernidade pode estar intimamente associada com os acontecimentos do Holocausto. Em Modernidade e Ambivalência, Bauman objetivou oferecer uma exposição das diferentes abordagens que a sociedade moderna adota em face do estrangeiro. Ele argumentou que, por um lado, em uma economia orientada para o consumidor, o estranho e o desconhecido são sempre sedutores. Em diferentes estilos de comida, diferentes modas e no turismo, é possível experimentar o fascínio do que é desconhecido. No entanto, esse fato de ser estranho também tem um lado mais negativo. O estranho ou estrangeiro, por não poder ser controlado e ordenado, é sempre objeto de temor. Ele é o assaltante em potencial, a pessoa fora das fronteiras da sociedade que está constantemente ameaçando.
O famoso livro de Bauman, Modernidade e Holocausto, é uma tentativa de dar um relato completo sobre os perigos que se originam desses tipos de temor. Com base nos livros de Hannah Arendt e Theodor Adorno sobre o totalitarismo e o Iluminismo, Bauman desenvolveu o argumento de que o Holocausto não deve simplesmente ser considerado um evento na história judaica, nem uma regressão à barbárie pré-moderna. Em vez disso, ele argumentou, o Holocausto deve ser visto como profundamente ligado à modernidade e seus esforços de criação de ordem. A racionalidade procedimental, a divisão do trabalho em tarefas cada vez menores, a categorização taxonômica de diferentes espécies e a tendência a considerar moralmente bom o cumprimento de regras foram todos fatores que desempenharam o seu papel na ocorrência do Holocausto.
Bauman argumentou que, por essa razão, as sociedades modernas não aceitaram plenamente as lições do Holocausto, sendo este geralmente visto - para usar a metáfora de Bauman - como um quadro pendurado na parede, que oferece poucas lições. Na análise de Bauman, os judeus se tornaram "estranhos" por excelência na Europa4 ; a Solução Final foi retratada por ele como um exemplo extremo das tentativas feitas pelas sociedades para extirpar os elementos desconfortáveis ​​e indeterminados existentes dentro delas.
Bauman, como o filósofo Giorgio Agamben, sustentou que os mesmos processos de exclusão que operaram no Holocausto poderiam atuar ainda hoje. E até certo ponto efetivamente atuam.

A definição de Iluminismo em Adorno e Horkheimer[editar]

Em sua análise da sociedade contemporânea ocidental, na obra Dialética do Esclarecimento (de 1944, revisada em 1947), Theodor Adorno e Max Horkheimerdesenvolveram um conceito amplo e pessimista de Iluminismo. Nessa análise, apresentaram o lado sombrio do Iluminismo ou Esclarecimentonota 4 . Ao tentar abolir a superstição e os mitos através da filosofia "fundacionalista", o Iluminismo ignorou sua própria base "mítica" e, por outro lado, seus esforços no sentido da totalidade e da certeza levaram a uma crescente instrumentalização da razão. Na opinião deles, o Esclarecimento em si deve ainda ser esclarecido e não ser mostrado como uma visão do mundo "livre de mitos".
Para a filosofia marxista, em geral, a racionalização está intimamente associada com o conceito de "fetichismo da mercadoria".

Consumo

Letreiro em um McDonald's"drive-thru". A afirmação "mais de 99 bilhões servidos" ilustra a ideia de Ritzer de calculabilidade.
O consumo moderno de alimentos é uma representação típica do processo de racionalização. Enquanto a preparação de alimentos nas sociedades tradicionais é mais trabalhosa e tecnicamente ineficiente, a sociedade moderna tem se esforçado para garantir-lhe velocidade e precisão. Restaurantes fast-food, projetados para maximizar o lucro, adotam uma série de técnicas visando à eficiência, tais como: um controle rigoroso das ações dos empregados; a substituição de sistemas mais complexos por outros mais simples e rápidos, como sistemas numéricos de refeições promocionais; a venda através de Drive-Thru; o uso de mobiliário desconfortável para desencorajar a vadiagem.[carece de fontes]
A racionalização é um processo que também pode ser observado na substituição de lojas mais tradicionais, que podem oferecer vantagens subjetivas para os consumidores (como um ambiente com menos regulações, ou mais "natural"), por lojas modernas que oferecem a vantagem objetiva de preços mais baixos para os consumidores.
O caso da Walmart, rede varejista multinacional, é um exemplo que demonstra fortemente essa transição. Apesar de as lojas da Walmart atraírem críticas por estarem deslocando lojas mais tradicionais, o ponto de vista das vantagens subjetivas e do valor social destas últimas lojas obteve efeitos irrisórios no sentido de limitar a expansão daquela empresa, devido às preferências do público por preços mais baixos em detrimento das vantagens subjetivas mencionadas.5
O sociólogo George Ritzer tem usado o termo McDonaldização para se referir não apenas às ações observadas nos restaurantes fast-food, mas também ao processo geral de racionalização. Ritzer distingue quatro componentes primários de McDonaldização:6
·         Eficiência - o melhor método para realizar uma tarefa, o método mais rápido para ir do ponto A ao ponto B. Em outras palavras, a eficiência, no que toca à McDonaldização, significa que todos os aspectos de determinada organização se voltam para a minimização do tempo empregado em uma tarefa.6

Notas[editar]

1.    Jump up A expressão "água gelada do cálculo egoísta", mencionada por John Harris, foi extraída do Manifesto do Partido Comunista, de 1848.
2.    Jump up Acerca da discussão que recobre as possíveis traduções da expressão weberiana stahlhartes Gehäuse, encontrada em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo pode-se consultar a extensa nota quatro do artigo O Conceito de Racionalização no Pensamento Social de Max Weber: Entre a Ambiguidade e a Dualidade, de Luís Antônio Cardoso. Acessado em 14 de dezembro de 2011.
3.    Jump up A Teoria da Ação Comunicativa é uma obra de Jürgen Habermas, datada de 1981, não possuindo tradução em português. Verificado em dezembro de 2011.
4.    Jump up "Iluminismo" e "Esclarecimento" são duas traduções possíveis para a mesma expressão alemã - "Aufklärung"

Referências[editar]

1.     Jump up to:a b Habermas, Jürgen. The Philosophical Discourse of Modernity, Polity Press (1985), ISBN 0-7456-0830-2, p. 2.
2.    Jump up Harriss, John. The Second Great Transformation? Capitalism at the End of the Twentieth Century in Allen, T. and Thomas, Alan (eds). Poverty and Development in the 21st Century, Oxford University Press, Oxford, p. 325.
3.    Jump up Outhwaite, William. 1988, Habermas: Key Contemporary Thinkers, Polity Press (Second Edition 2009), ISBN 978-0-7456-4328-1, p. 76.
4.    Jump up Modernity and the Holocaust, p. 53.
5.    Jump up Boaz, David. 8 de novembro de 1996, Chrysler, Microsoft, and Industrial Policy, Cato Institute. Acessado em 17 de agosto de 2006.
6.     Jump up to:a b Ritzer, George. The McDonaldization of Society. Los Angeles: Pine Forge Press, 2008. ISBN 0-7619-8812-2

Bibliografia[editar]

·         Adorno, Theodor. Negative Dialectics. Translated by E.B. Ashton, London: Routledge, 1973
·         Bauman, Zygmunt. Modernity and The Holocaust. Ithaca, N.Y.: Cornell University Press 1989. ISBN 0-8014-2397-X
·         Green, Robert W. (ed.). Protestantism, Capitalism, and Social Science. Lexington, MA: Heath, 1973.