A lógica da derrota
O leilão em andamento para exploração do Campo de Libras é
mais um passo no desmonte da soberania popular no Brasil.
Multinacionais e megaempresas privadas não têm pátria,
exceto quando submetidas a controles diretos e indiretos da população.
O famoso liberalismo econômico sempre foi uma farsa a
serviço das grandes potências. Dentro delas governos fortes administravam e
nunca deixaram de fazê-lo as liberdades empresariais. A indústria bélica, por
exemplo, é um excelente exemplo da camuflagem utilizada. Sob a desculpa de
proteger empresas sensíveis à segurança nacional elas sempre tiveram nessas
fortalezas incentivos, mercado reservado, contratos sem muito critério e lobbies
explícitos em parlamentos, algo que viabilizou empresas de outros produtos de
interesse geral, potências industriais famosas agora.
Países insignificantes se deixaram dominar. Não tinham outra
opção. Como recompensa recebem quirelas que viabilizam alguns luxos.
Quando nações educadas e disciplinadas em torno do
verdadeiro amor à Pátria mergulharam em crises e desastres, após o período pior
souberam reerguer-se, como é o caso da China, Japão, Alemanha e até a Itália.
O Brasil é um caso que merece estudos e trabalhos dos
maiores especialistas do Universo.
Aqui teríamos tudo para crescer, chegamos até a preocupar os
gringos, como aconteceu na década de setenta do século passado. Perdemos e
voltamos ao fundo do vale.
As grandes estatais se desmancham, outras já foram doadas a
grupos “nacionais” e estrangeiros. Modelos “modernos” de negócio foram
construídos a partir do desmonte moral e mafioso de governos que mereceriam ser
fuzilados. Gente “esperta” demais para merecer a vida entre nós.
Nosso povo, maldosamente mantido no universo lúdico e
místico, é anestesiado permanentemente.
Temos uma classe média que vive bem, isso acalma lideranças.
Ela, dispondo dos felás, párias, escravos e outros mantém padrões de vida acima
de outras similares em continentes mais desenvolvidos.
Formamos uma “nação” continental frágil, contudo. Nossas Forças
Armadas agora fazem o papel de tropas de auxiliares de polícias militares e a
Polícia Federal simplesmente cumpre ordens para submissão a leis feitas ao sob
encomenda de ONGs estrangeiras.
O cenário mundial muda constantemente. O império da força
bruta é, contudo, uma realidade amarga, mas inquestionável. Na Europa da idade
Média muitos reinados desapareceram sob invasões de hunos, bárbaros e vikings. Enquanto
rezavam em inúmeras catedrais os invasores degolaram, estupraram, roubaram e
destruíram povos dos quais agora temos poucos vestígios.
Isso pode se repetir?
Naturalmente que sim, mais ainda quando simples meteoritos
poderão mudar a geografia da Terra.
Outras estratégias de dominação foram usadas além da força
bruta. O império do Vaticano durou séculos (exemplo), a diplomacia das
canhoneiras intimidou o Império aqui mesmo, empresas comerciais e banqueiros
sabiam como manipular casas reais apodrecidas.
Tudo isso continua existindo.
Mudam os carimbos, a essência é sustentada pelas lógicas do
terrorismo da “inflação”, das dívidas artificiais e imposição de novas
tecnologias (por exemplo, obsolescência programada, vide telecomunicações no
Brasil).
O mais incrível, contudo, é ver como partidos que se diziam
redentores da dignidade nacional vestirem tacitamente os figurinos
entreguistas...
Quem defende o povo brasileiro?
Cascaes
19.10.2013
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