segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Final de ano - boas festas - 2103

Dia de natal e esperando o ano novo
As festas de Natal marcam uma época em que os povos cristãos se transformam. Durante alguns dias todos se lembram de que existem crianças e que devemos lhes dar presentes. ONGs e comunidades religiosas se esmeram, a maioria delas depois simplesmente esquece que essas garotinhas e garotinhos serão adultos, gente grande, precisando de atenções tanto maiores quanto menores forem.
Expandindo os atos caridosos os presentes podem abranger famílias que desesperadamente carecem de tudo o ano inteiro.
O Brasil exporta milhões de toneladas de alimentos para importar de tudo, inclusive inutilidades e futilidades. O pesadelo social em que vivemos é fruto de uma lógica perversa que nos domina desde tempos muito distantes. Aqui, nesses oito e meio milhões de quilômetros quadrados, povos distantes chegaram antes, exercitando também a violência mútua e as lutas pela sobrevivência.
No passado, quando a competência da agroindústria e o desenvolvimento tecnológico eram desconhecidos, a luta pelo pedaço de carne ou frutas e raízes era feroz, sem tréguas e limites éticos. Isso ainda existe em comunidades primitivas, inclusive em nossas florestas, reduto de povos que provavelmente encontraram aqui uma forma de escapar de outros mais competentes na arte de matar.
Charles Darwin explicou isso tudo muito bem, criando escola. Maravilhosamente podemos agora mudar comportamentos, seremos capazes disso?
É triste observar a indiferença de pessoas que poderiam mudar e fazer mais. Aliás, Michel Foucault falou muito sobre tudo isso. Também escreveu e deve ter falado sobre a Arqueologia do Poder, do ser humano.
Podemos fazer muito, é só querer.
Creches e escolas salvariam milhões de brasileiros, as elites, aquelas que nos governam,  preferem dar esmolas, presentes, rezas e penitenciárias.
Conversando na véspera de Natal com meu neto João Pedro ele contou com orgulho seus trabalhos sobre a não criminalização de jovens abaixo dos 18 anos. Contraditando defendemos a eliminação dessa barreira cabalística e novas leis, mais racionais e atentas à natureza humana. Queríamos vigiar e punir?
A Educação, a saúde, a proteção às crianças e aos jovens e aos quase adultos têm no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - ECA) a proteção formal do Governo e compromisso da população brasileira, a obrigação de lembrar permanentemente que cuidar das crianças é também a solução para a maioria dos problemas sociais que temos.
O ECA seria fantástico se a estrutura criada a favor da criança e do adolescente fosse mais competente. O que faz com que as instituições funcionem é muito mais a vontade, determinação e capacidade de seus agentes do que a quantidade de funcionários. Lamentavelmente acreditamos que estruturas gigantescas sejam necessárias...
Com certeza os agentes principais são os eleitos e que governam nosso país, eles conhecem e amam seus eleitores ou os patrocinadores de campanha?
Infelizmente, como acontece com todas as leis dedicadas à vida dos brasileiros e das brasileiras, as pessoas em geral realmente estão preocupadas exclusivamente com questões pessoais.
A violência de toda espécie cresce no Brasil, voltamos inclusive aos tempos dos gladiadores. Não se matam com espadas e porretes (ainda), mas ganham sequelas e causam lesões que, junto à loucura da velocidade e mobilidade motorizada (principalmente) produzem a próxima geração de pessoas com deficiência(s), reduzem a expectativa de vida dos jovens adultos, principalmente, e entopem os cemitérios. Em tempo, dão muito lucro a quem promove essas coisas. Felizmente agora os crematórios diminuem a necessidade de tantas covas.
A violência camuflada de esporte contribui para a alienação e perversão dos viciados em telinhas e nossos futuros e ainda pequeninos e adolescentes cidadãos e cidadãs assim como excita desportistas da cerveja e pipoca.
No cerne da violência, talvez inerente ao ser humano, encontramos muitas causas.
O livro (A República dos Meninos - juventude, tráfico e virtude, 2013) apresenta um trabalho de pesquisa de campo do autor extremamente interessante; suas conclusões e ponderações (do Dr. em Sociologia, Diogo Lyra, que saiu de suas salas para mergulhar em locais de recolhimento de menores infratores, algo raro no mundo acadêmico) merecem leitura e análises minuciosas. Nessa obra justifica-se com destaque constatar a influência da irresponsabilidade da mídia comercial, sempre extremamente preocupada com a liberdade de imprensa, algo muito diferente da exploração de taras e a submissão a grupos empresariais.
Nós (pessoalmente) temos experiências que merecem registro e demonstram o que lemos. Quando existiu participamos, por exemplo, do (Projeto Sol Nascente) onde gravamos depoimentos de profissionais e lideranças que atuam na Vila Audi, uma área com muitos habitantes em condições de risco social. Conhecemos a Comunidade OSSA (Cascaes, Conhecendo a Obra Social Santo Aníbal (OSSA) , 2010). O que vimos e ouvimos era assustador, os efeitos da miséria sobre as crianças é devastador. O pesadelo social tem muitos efeitos e propostas (Como reduzir a gravidez precoce e a criminalidade , 2009). À época começávamos a agir junto a pessoas extraordinárias do LCC Batel; que experiência!
Graças ao Lions Clube de Curitiba Batel mergulhamos em ambientes muito diferentes àquele em que vivemos, eu e alguns companheiros e companheiras. Nosso amigo e companheiro LIONS, Professor Nílson Izaías Pegorini, foi o grande mestre.
Os projetos sociais desse autêntico clube de serviços (Melo), muitos documentados em blogs, mostram por onde estivemos e ainda agimos e o que propomos [ (Ações ODM em Curitiba e RMC), (Escola de Música Lions - LCC Batel), (PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA), (Projeto Colombo), (Projeto Zumbi - Mauá) etc.].
Não é necessário, contudo, mergulhar em lugares distantes do centro da capital do Paraná. Quem tem olhos pode ver pessoalmente. Curitiba atrai pessoas de toda espécie e nossas ruas são um espelho do Brasil, talvez com mais luxos e requintes, mas testemunhos de nossa história.
Felizmente agora dispomos de recursos de comunicação independente; as fantásticas redes sociais e sistemas que a Google e outras megaempresas criaram com extrema competência (blogues, youtube, etc.) além dos equipamentos digitais de gravação de imagens, sons e movimentos dão uma liberdade e potencial de expressão de nossas opiniões que não imaginávamos possíveis em nossa existência. Os computadores fazem o resto. No blog (Cascaes, TIinformando) criamos uma ponte para todos os espaços que exploramos nesse mundo cibernético.
E o Natal?
Jesus Cristo deve ter sido uma pessoa extraordinária, mas em sua época pouca esperança havia de resolver com fraternidade e liberdade os problemas da Humanidade, uma coleção de seres eventualmente racionais. A esperança era a vida após a morte e aqui existir de forma a conquistar um lugar no Paraíso. De filósofos e pregadores a imperadores o fundamental era usar os exércitos para disciplinar o povo radicalmente ignorante e perigoso.
Para sobreviver o “homo sapiens sapiens” vem das florestas e savanas com subprogramas em seu cérebro que eram fundamentais à sua luta por espaços, comida e segurança. Talvez ainda sejam tão importantes ou até mais do que nesses tempos imemoriais...
Nossas taras, atavismos, convicções e nossos padrões de comportamento escondem logo abaixo da pele impulsos primitivos facilmente perceptíveis entre torcidas organizadas a militantes religiosos e políticos.
Mais ainda, em qualquer ambiente secreto, discreto e público o zelo fanático pela propriedade privada, só para exemplificar, demonstra o rigor dos cuidados que temos pelos ossos que gostamos de roer.
Nossos padrões éticos e morais servem para racionalizar desejos, medos e instintos.
O que precisamos entender é que no século 21 da era cristã é possível pensar na saúde e felicidade geral dos povos, se eles superarem culturas obsoletas e nocivas. Estranhamente encontramos o culto às tradições; Eric Hobsbawm ilustra muito bem isso, Hannah Arendt procura entender, teóricos políticos acreditam que sabem e sociólogos fazem inúmeros estudos para gerar uma cultura em torno de nossos problemas dos mais triviais aos mais complexos (Cascaes, Livros e Filmes Especiais). Temos onde estudar e aprender, é só querer. O que limita a participação consciente é a ignorância voluntária, a alienação a que nos impomos crentes de que poderemos compensar tudo o que fizermos em atos de caridade e penitência.
O importante é saber que a Terra pode sustentar a vida em sua superfície, se quiser. Os desafios existem (Cascaes, Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente) dentro e fora de nossas cabeças. Podemos, contudo, garantir uma sociedade melhor se soubermos usar o que podemos aprender.
Ou seja, a esperança de evolução da Humanidade depende acima de tudo do desenvolvimento de sua capacidade de raciocinar e aproveitar informações que a Tecnologia já viabiliza em casa, no bolso, nas pastas até de alunos e alunas infantis.
Todo final de ano temos a semana da bondade e dos votos de sucesso, saúde, amor etc.
A Hipocrisia e os comerciantes ganham espaços. Até sentimentos justos se revelam com força, potencializados pelo clima natalino. O que estraga tudo é a escala de valores e prioridades, desde as mais condenáveis, como, por exemplo, a empáfia e egolatria de lideranças políticas e econômicas, até a simples luta pela sobrevivência.
Precisamos aprofundar estudos sobre ética e moral, o século 21 exige isso, pois a sobrevivência de todos, paradoxalmente, avança para situações de altíssimo risco. O que precisamos entender é que acima de convicções ideológicas e religiosas convém lembrar que na hora das tragédias seremos pessoas desesperadas, talvez lamentando a omissão dos tempos de fartura e riqueza de oportunidades.
Feliz ano novo.

Cascaes
25.12.2013

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Colombo: http://projeto-colombo.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Escola de Música Lions - LCC Batel: http://escolademusicalccbatel.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante da Sustentabilidade e Meio Ambiente: http://mirantedefesacivil.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Projeto Sol Nascente: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (3 de 2010). Conhecendo a Obra Social Santo Aníbal (OSSA) . Fonte: Projeto Sol Nascente na Vila Audi: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/2010/03/conhecendo-obra-social-santo-anibal.html
Cascaes, J. C. (s.d.). PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA. Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA: http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). TIinformando. Fonte: TInformando - meus blogs: http://tinformando-meus-blogues.blogspot.com.br/
Deolindo, D. M. (12 de 2009). Como reduzir a gravidez precoce e a criminalidade . Fonte: Projeto Sol Nascente na Vila Audi: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/2009/12/como-reduzir-gravidez-precoce-e.html
Hobsbawm, E. (1998). Era dos Extremos. (M. C. Marcos Santarrita, Trad.) Companhia das Letras.
Hobsbawm, E. (2004). A Era das Revoluções 1789-1848. (M. P. Maria Tereza Lopes Teixeira, Trad.) Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Hobsbawm, E. (2007). A Era do Capital 1848 - 1875. (L. C. Neto, Trad.) São Paulo: Paz e Terra.
Hobsbawm, E. (2007). Globalização, democracia e terrorismo. (J. Viegas, Trad.) Companhia das Letras.
Hobsbawm, E. (s.d.). Como Mudar o Mundo. (D. M. Garschagen, Trad.) Editora Schwarcz S.A.
Hobsbawm, E. (s.d.). Era dos Extremos - O breve século XX 1914-1991. (M. Santarrita, Trad.) Companhia das Letras.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - ECA. (s.d.). Fonte: planalto.gov.br: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
Lyra, D. (2013). A República dos Meninos - juventude, tráfico e virtude. Mauad Editora Ltda.
Melo, C. E. (s.d.). Lions Clube Curitiba Batel. Fonte: Distritos Múltiplos "L" - Brasil: http://www.lions.org.br/lionsbatel/


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Quem fiscaliza alvarás e licenças da Prefeitura
Nossas cidades têm muitas obras. Elas mostram placas para o CREA, CAU e outras entidades corporativas, só faltam dizer se o pessoal é sindicalizado.
Onde estão as placas mostrando os códigos das licenças formais das prefeituras, a sequência de aprovações ou não, valores pagos em taxas e impostos? Número de telefone e portal com detalhes da obra aprovada?
Em Curitiba temos situações inacreditáveis. Um imenso shopping foi construído no Batel, só depois de pronto “descobriram” que possuía detalhes irregulares? Quem deixou isso acontecer? Por quê?
Algo justo e necessário é responsabilizar toda a escala de gerentes e técnicos que avalizaram coisas mal feitas, como a Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Vereadores de Curitiba sobre Requerimento nº. 049.00003.2013 relativo ao Transporte Coletivo Urbano de Curitiba (Cópia não oficial das conclusões e sugestões da CPI do Transporte Coletivo Urbano de Curitiba , 2013) o fez. É triste, ruim emocionalmente, mas necessário. Talvez assim enfrentem prefeitos e vereadores com mais vigor. Supomos que seus sindicatos saibam defendê-los.
Os tapumes em volta de canteiros de obras têm muitas informações, menos as principais que viabilizem plena consciência de responsabilidades. Já cansamos de ver o CREA, por exemplo, ao ser acionado dizer que simplesmente vigia o exercício da profissão. Ginástica?
Precisamos inclusive criar iniciativas próprias, tais como seminários e artigos alertando compradores de apartamentos novos de que serão responsáveis (Cascaes, 2013), eles também, pelas falhas possíveis de cumprimentos de normas técnicas e leis a favor das pessoas com deficiência. Isso acontecerá no IEP neste ano.
Vá lá, estamos no Brasil, aqui aprendemos que um “amigo” poderoso vale mais do que o Poder Judiciário, Prefeituras etc.; felizmente o CNJ está mostrando que isso pode mudar. Nas palavras ao longo do processo do mensalão, do Presidente do STF sentimos sua angústia a formas de “enrolação” da Justiça. Ótimo!
A Justiça é uma utopia, o que desejamos é a moralização do país e a aceitação tácita de tudo o que é feito para a vida civilizada. Isso significa intolerância a desvios de conduta, exigência da boa Engenharia, Arquitetura, Urbanismo, Medicina, Educação e assim por diante.
Queremos ser fiscais da inclusão.
Há décadas a questão “Inclusão” nasceu e cresceu com vigor em muitos países (Sassaki), aqui produziu semântica, seminários, congressos, livros, teses e dissertações etc. As pessoas com deficiência e todas aquelas que transitoriamente ou permanentemente precisam de ajustes de nossa sociedade continuam esperando. A (Deputada Federal Mara Gabrilli) que o diga.
Vamos à loucura quando sentimos mais protelações.
Se as PcD sentem todo o peso de suas dificuldades (cuidados com as palavras politicamente incorretas, isso é importantíssimo no Brasil e tema de muitos encontros), os pais dessas pessoas mais ainda, principalmente quando as seus filhos já nascem com problemas. É de revoltar e rebentar instituições e pessoas que continuam ocupando cargos e funções a favor da PcD e muito pouco fazem. São especialistas em palavras difíceis, paupérrimas em realizações concretas.
Queremos ser fiscais da inclusão, ajudem-nos.
Senhores vereadores e prefeitos viabilizem nosso trabalho. Queremos saber quem não respeita nossa população.
Simples placas bem feitas e funcionais indicando responsáveis por alvarás ao longo da obra já ajudarão muito.

Cascaes

24.12.2013
Cópia não oficial das conclusões e sugestões da CPI do Transporte Coletivo Urbano de Curitiba . (2013). Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2013/12/copia-nao-oficial-das-conclusoes-e.html
Cascaes, J. C. (2013). Acessibilidade Já, urgente, imediata. Fonte: Reurbanização Inclusiva : http://reurbanizacao-inclusiva.blogspot.com.br/2013/12/acessibilidade-ja-urgente-imediata.html
Deputada Federal Mara Gabrilli. (s.d.). Fonte: Portal Mara Gabrilli: http://www.maragabrilli.com.br/
Sassaki, R. K. (s.d.). Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. WVA(r) Editora e Distribuidora Ltda.


sábado, 7 de dezembro de 2013