Guerras e Paz
Se é preciso na paz preparar a guerra, como diz a
sabedoria das nações, indispensável também se torna na guerra preparar a paz.
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Na paz, preparar-se para a guerra; Na guerra,
preparar-se para a paz.
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Se você quiser paz, então sempre prepare-se para a
guerra.
https://www.pensador.com/quer_paz_prepare_se_para_guerra/
Nasci
durante a Segunda Guerra Mundial. Durante minha vida li e vi tudo o que podia
sobre as guerras. O Repórter Esso era um programa que meu pai ouvia
rotineiramente, e eu me habituei a pensar nos conflitos mundiais. Desde a
inauguração do cineminha na Rua Quinze de Novembro, trabalho de nossos vizinhos
na Travessa 4 de Fevereiro, eu e a Sônia Maria tivemos janela privilegiada para
ver os documentários americanos sobre as guerras. Desfiles militares eram
imperdíveis. Já em São Paulo fazendo cursinho subi num abrigo de ônibus na 9 de
Julho para ver o desfile de 7 de Setembro. Pretendia tentar a carreira militar
se os vestibulares para Engenharia falhassem. Lecionei História e até hoje vejo
o que posso sobre as Guerras.
amadureci
e aprendi o que significa estar em batalhas, trincheiras, ver e sentir sangue,
dor, o cheiro de amigos apodrecendo. Com certeza agora sou pacifista.
Pacifista
ou não valorizo nossas Forças Armadas. Poderiam ter sido grandes mas a
submissão a tratados de desarmamento nuclear e outros eventos que mereceriam
mais análise travaram o Brasil, que assim perdeu, paralelamente, sua indústria
bélica e os subprodutos na vida civil que rendem fortunas a muitos países.
Felizmente
os conflitos mundiais ganham novos parâmetros, o que até nos protege.
Mas
pensando na História da Humanidade sentimos o efeito dialético de suas lutas.
A
China foi um grande exemplo de todas as formas de comportamento bélico. Foi,
inclusive, pasto[1]
para potências imperialistas[2]. Voltou a ser uma potência, acordou. A China
teve o mérito de inúmeras invenções que o mundo ocidental tardou a desenvolver.
A
Eurásia foi campo de batalha que marcou nossa Civilização.
Macedônia[3],
Roma[4],
os Hunos e Mongóis, Vikings, o Islamismo, Guerras Religiosas, Inglaterra,
Alemanha e as potências atuais são demonstração inequívoca da importância das
Forças Armadas.
A
Europa [5]cresceu
e foi berço de muitos impérios. O desenvolvimento europeu passou por processos
de destruição e substituição de nações e culturas, muitas pela simples
necessidade de sobrevivência[6].
Vikings[7],
Hunos[8] e
Mongóis[9]
afetaram decisivamente a existência desse continente. Os europeus tratavam mais
da defesa contra os muçulmanos e não se prepararam para se defender dos
invasores vikings[10],
hunos e mongóis.
O
Islamismo afetou profundamente o mundo ocidental, das cruzadas à ocupação do
sul da Europa[11].
Melhor organizados militarmente eram quase imbatíveis.
Para
nós, brasileiros, tudo nos afetou profundamente, dando-nos maior universalidade
e compreensão do Islam.
Nossas
Forças Armadas sentiram com profundidade o significado das guerras religiosas
em suas missões de paz[12].
Novas
gerações terão dilemas e soluções inéditas[13],
quais serão?
[1] O século de humilhação
(chinês tradicional: 百年國恥, chinês
simplificado: 百年国耻, pinyin: bǎinián
guóchǐ), também referido como os cem anos de humilhação nacional e termos
semelhantes, refere-se ao período de subjugação que a China sofreu
sob o imperialismo, tanto ocidental como japonês.
Século de
humilhação – Wikipédia, a enciclopédia livre
[2] e
portugueses, os missionários que chegaram à China no século XIX
estabeleceram-se pela primeira vez em Cantão, de onde espalharão suas
atividades para o resto da China. Desde o primeiro momento, tornam-se agentes
da penetração colonial de seus respectivos países. Já antes da Primeira Guerra
do Ópio, as informações fornecidas por missionários baseados em Cantão,
conhecedores da cultura e da língua chinesa, foram de grande valor para os
invasores britânicos. O Dr. Guzlaff, um dos primeiros missionários em Cantão,
serviu como intérprete durante várias expedições de comércio de ópio, ajudou a
organizar o movimento de inteligência pré-guerra, foi nomeado durante a guerra
como chefe das forças de ocupação em Dinghai, onde impôs brutalmente o domínio
britânico, serviu como intérprete no Tratado de Nanjing, sendo posteriormente
recompensado com um cargo no governo de Hong Kong. Os missionários americanos
foram os melhores conselheiros da delegação que estendeu a seu país os direitos
obtidos pela Inglaterra após a Guerra do Ópio. Para lançar seus ataques na
Segunda Guerra do Ópio, os franceses usaram o assassinato de um missionário
como pretexto. Depois dela, eles tiveram liberdade de movimento por toda a
China.
Pedro Ceinos Arcones. Breve História da China (p.
251). Tektime. Edição do Kindle.
[3] Reinos helênicos
Talvez o maior legado imediato de Alexandre foi a introdução de um
governo macedônio para grandes faixas da Ásia. No período da sua morte, seu
império se estendia da península Balcânica até ao subcontinente indiano, somando mais de 5,2 milhões de km²,[193] e era o maior império de sua
época. Muitas destas áreas permaneceram sob poder ou influência macedônia ou
grega pelos próximos 200–300 anos. Os estados sucessores que emergiram após a sua morte, pelo menos inicialmente,
permaneceram a força dominante da região e nos 300 anos seguintes ofereceram ao
mundo o chamado "período helenístico".[194]
As fronteiras orientais do império de Alexandre começaram a entrar em
colapso ainda durante a sua vida.[152] Contudo, o vácuo de poder
deixado no noroeste do subcontinente indiano com sua morte deu a oportunidade
de ascensão de uma das mais poderosas dinastias indianas da antiguidade. O
governante Chandragupta Máuria (referido em fontes gregas como Sandrócoto), de origem
relativamente humilde, tomou controle da região de Panjabe, e se tornou a base de poder do
subsequente Império Máuria.[195]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande
[4]
As noções imperiais de autocracia, lei e cidadania global influenciaram
profundamente a História
da Europa. O sentimento
de partilha de uma cultura e identidade comuns no Ocidente, mais do que à língua ou à literatura,
deveu-se à própria natureza do Império Romano.[540] Após a queda do Império
Romano do Ocidente,
vários estados reivindicaram serem seus sucessores, um conceito
denominado translatio
imperii. O Sacro Império Romano-Germânico, uma tentativa de ressuscitar o império no
Ocidente, foi fundado em 800 após a coroação pelo papa Leão III do rei dos francos Carlos Magno como imperador romano, embora o império só viesse a ser
formalizado décadas mais tarde. Na parte
oriental, os Bizantinos
mantiveram um
império que denominavam "romano" até à Queda
de Constantinopla em
1453.[540][541] Quando o Império Otomano, cujo estado era baseado no modelo bizantino,
conquistou Constantinopla, Maomé II,
o Conquistador estabeleceu
aí a sua capital e alegou ter ascendido ao trono do Império Romano.[542] Chegou também a iniciar uma invasão de Itália com o
intuito de reunificar o império e convidou diversos artistas italianos para a
sua capital, entre os quais Gentile Bellini.[543] Após a queda de Constantinopla, o Grão-Ducado
de Moscovo, herdeiro
da tradição
ortodoxa bizantina,
denominou a sua capital Terceira Roma.[541] O domínio romano da península Itálica influenciou
também a unificação de
Itália em
1861...[544]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano
[5]
ACIVILIZAÇÃO EUROPEIA É SINGULAR porque é a única que se impôs ao resto do
mundo. Fez isso mediante conquista e colonização, pelo poder econômico, por
meio da força de suas ideias e porque dispunha de coisas que todos os outros
queriam. Atualmente, todos os países se valem das descobertas científicas e da
tecnologia provenientes do Velho Continente, e a ciência foi uma invenção
europeia. Em seu início a civilização europeia era constituída de três
elementos: A cultura da Grécia e da Roma antigas. O cristianismo, uma
ramificação peculiar da religião dos judeus, o judaísmo. A cultura dos
guerreiros germânicos que invadiram o Império Romano. A civilização europeia
era uma mistura: a importância desse fato ficará clara à medida que avançarmos.
Hirst, John. A mais breve história da Europa (p. 9).
Sextante. Edição do Kindle.
[6]
Para colocar os vândalos em seu próprio contexto histórico, um breve exame do
movimento geral de diferentes povos em toda a Europa deve primeiro ser
realizado. Os vândalos foram um dos muitos grupos – que eram principalmente
germânicos em suas origens linguísticas e culturais – que migraram por toda a
Europa e invadiram o Império Romano, começando nos séculos III e IV d.C. (Bury
1967, 3). Uma vez que a maioria dos povos e / ou tribos que participaram nas
migrações e / ou invasões da Europa durante o início da era comum eram de
origem germânica, o estudo moderno desses povos e período assumiu um caráter
decididamente alemão, e termos, tais como o Völkerwanderung, ganharam ampla
aceitação no léxico acadêmico moderno (Goffart 2006, 13). Infelizmente, uma vez
que as várias tribos eram, em grande parte, analfabetas quando iniciaram suas
caminhadas pela Europa, as fontes primárias latinas e gregas que registraram
suas atividades foram muito insignificantes até cerca do século V dC (Goffart
2006, 19). Além disso, como essas fontes foram escritas por cronistas leais a
Roma e a Bizâncio, eram muitas vezes tendenciosas e hostis aos vândalos, que
eles viam como inimigos de seu próprio povo. Devido à escassez de fontes
primárias em relação aos primeiros detalhes das migrações, os estudiosos
modernos são levados a adivinhar o que, exatamente, causou o movimento em massa
de povos que interromperam e finalmente desempenharam um fator importante no
colapso
Charles River Editors. Os vândalos: a história e o
legado dos bárbaros mais famosos da antiguidade (pp. 8-9). Charles River
Editors. Edição do Kindle.
[7]
A influência de 200 anos dos vikings sobre
a história
europeia é repleta
de pilhagens e colonizações, e a maioria dessas crônicas provêm de testemunhas
ocidentais e seus descendentes. Menos comum, embora igualmente relevante, são
as crônicas vikings que originaram-se no oriente, incluindo as
crônicas de Nestor, crônicas de Novogárdia, crônicas de Amade
ibne Fadalane, crônicas
de Amade ibne Rusta, e algumas menções por Fócio, patriarca
de Constantinopla, a
respeito do primeiro ataque ao Império
Bizantino. Outras
crônicas acerca da história viking incluem Adão de Brema, que escreveu, no quarto volume de seu Gesta
Hammaburgensis Ecclesiae Pontificum, "há muito ouro aqui (na Zelândia), acumulado pela pirataria. Estes piratas,
chamados de wichingi por seu próprio povo, e Ascomanni por
nosso povo, pagam tributos ao rei dinamarquês. Em 991, a Batalha de Maldon, entre invasores vikings e habitantes de Maldon em Essex foi
comemorada com um poema homônimo.
[8] Os hunos foram uma antiga confederação eurasiática de
nômades ou seminômades equestres, com a aristocracia de núcleo altaico. Algumas
dessas tribos moveram-se para a Europa no século IV provavelmente devido a
mudanças climáticas.
Hunos –
Wikipédia, a enciclopédia livre
[9]
A invasão mongol da Europa
por
hordas comandadas por Batu Cã e Subedei atingiu Polônia, Hungria e Romênia após os mongóis terem conquistado e
devastado a Rússia. Alguns historiadores discutem se a campanha
mongol do Leste Europeu teve alguma importância macro-histórica. A maioria dos
historiadores militares acreditam que tais ataques foram essencialmente
advertências, objetivando enfraquecer os poderes ocidentais de forma a não
atrapalhar os interesses mongóis no oriente, principalmente na Rússia.
Evidências indicam que Batu estava preocupado em assegurar as fronteiras
ocidentais das conquistas russas, e só depois da destruição dos exércitos
locais que passou a pensar em conquistar toda a Europa.
[10] O uso de mão de obra cativa foi o alicerce de
todas as antigas civilizações, incluindo a egípcia, a grega e a romana. Era um
dos principais negócios dos vikings. Na Idade Média, deu sustentação ao
desenvolvimento da Inglaterra, da França, da Espanha, da Rússia, da China e do
Japão.
Gomes, Laurentino. Escravidão – Vol. 1 – Do primeiro
leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares (pp. 53-54).
Buobooks. Edição do Kindle.
[11] A invasão islâmica da Península Ibérica, também referida
como invasão muçulmana, conquista árabe ou expansão
muçulmana, refere-se a uma série de deslocamentos militares e populacionais
ocorridos a partir de 711 até 713,
quando tropas islâmicas oriundas do Norte de África, sob o comando do general berbere Tárique, cruzaram o estreito de Gibraltar e penetraram na península Ibérica. Venceram Rodrigo, o último rei dos Visigodos da Hispânia, na batalha de Guadalete,[1] terminando o Reino Visigótico.[2]
Nos anos seguintes, os muçulmanos foram alargando as suas conquistas na
Península, assenhoreando-se do território designado em língua árabe como Al-Andalus,[1] que governaram por quase
oitocentos anos.
A conquista Omíada da Hispânia foi a expansão inicial do Califado Omíada sobre a Hispânia, estendendo-se em grande parte de 711 a 788. A
conquista resultou na destruição do Reino visigótico e no estabelecimento do
Emirado independente de Córdoba Abd ar-Rahman I, que completou a unificação da
Ibéria governada por muçulmanos, ou Al-Andalus (711 – 1492). A conquista marca
a expansão ocidental tanto do Califado Omíada como do governo muçulmano na
Europa.[3]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_mu%C3%A7ulmana_da_Pen%C3%ADnsula_Ib%C3%A9rica
[12] A primeira participação do Exército Brasileiro em Missões de Paz,
ocorreu em 1947 quando observadores militares foram enviados aos Balcãs. ... No
ano de 2004 o Exército voltou a desdobrar tropas na ilha Hispaniola, no Haiti,
com o expressivo efetivo de mais de 1200 homens.
Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil - Wikipédia
[13] O
que reserva o futuro só os deuses conhecem, só eles são possuídores de todas as
luzes. Os homens sábios, do futuro, só percebem o que é iminente. Por vezes,
quando estão de todo mergulhados em seus estudos, seus sentidos se põem em
vigília. Através deles, então, vem à tona o chamado secreto dos fatos que virão
à luz, e eles o escutam com recolhimento... Konstantinos Kaváfis (1863-1933),
Poemas
Maalouf, Amin. O naufrágio das civilizações (p. 6).
Vestígio Editora. Edição do Kindle.
Quer paz, prepare-se para a guerra. (s.d.). Fonte: PENSADOR.COM:
https://www.pensador.com/quer_paz_prepare_se_para_guerra/