segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dia 7 de Setembro de 2015 - hora de reflexões e serenidade - precisamos acreditar no Poder Judiciário




Não apagar incêndio com gasolina
Hoje, dia 7 de setembro de 2015, poderia ser um dia de festa e orgulho nacional. Criminosamente, contudo (isso as operações Lava Jato, Zelotes, Mensalão etc.), o Brasil está no início de mais um longo período de crise, talvez. Os mais jovens não sabem o que isso significa, logo irão descobrir, que batismo!
Manifestações até hipócritas centram o fogo contra uma senhora que decidiu errado; em sua vaidade suprema fez o diabo para se reeleger. Agora precisa de hiper-sistemas de proteção. Para felicidade dela e de seus asseclas a linha de sucessão presidencial pode colocar gente muito pior em seu lugar, se ela deixar um comando a essa altura difuso de nosso país.
Nesse momento da tragédia kafkiana em que estamos a crise é uma realidade de prazo indeterminado, afinal milhões de brasileiros serão “punidos” com a perda de benefícios, recursos para a Educação, Saúde, Segurança, promoção de postos de trabalho etc. Estarão sem os benefícios do Estado em momentos que não voltarão...
Tudo poderá piorar, contudo. O essencial é valorizar aqueles que estão desmontando essa bomba poderosíssima que de tempos em tempos explode em nossa terra. Parece-nos que até o Ministro Levy acerta ao apertar nossa gente, devemos aprender a manter eterna e onipresente vigilância e adquirir coragem, sensibilidade, determinação para reagir ao primeiro sinal de atos maldosos contra o nosso povo. A responsabilidade é função do grau de conhecimento, cultura, amor ao próximo, competência etc. que muitos que agora se esgoelam em manifestações tinham para agir contra a corrupção (em todos os níveis), silenciaram por quê?
A crise e os inquéritos são necessários, ainda que dolorosos para os familiares de pessoas que até pouco tempo tinham padrões de vida social e material típica de potentados. Felizmente existem heróis, pessoa agora conhecidas apoiadas por centenas ou milhares de outras que talvez nunca sejam nominadas com destaque agindo em nome de leis e poderes constitucionais.
O Brasil está no meio de uma mistura de muitos cataclismos sociais e políticos preparados a longo tempo, precisa sobreviver com ajustes mais do que necessários ao rompimento com um passado doentio, podre.
De que jeito, onde teremos o caminho do convencimento?
Naturalmente a mídia comercial, extremamente importante, regula suas propostas. Temos, contudo, algo que não existia, a internet, as redes sociais, os celulares etc.; não é à toa que os políticos e lideranças privilegiadas queiram aumentar custos e dificuldades de acesso à WEB.
Corporações ofendidas e classes sociais punidas com os ajustes são essenciais a politização positiva. No Paraná a professores e professoras do segundo grau terão motivação para atuarem energicamente e no Brasil inteiro pessoas aposentadas, contribuintes, empreendedores, moradores de áreas mais pobres, funcionários da ativa de empresas públicas e privadas devem ter disposição para repensar comportamentos de militância política.
O fundamental, aí o mais difícil, é ter paciência e acreditar em pessoas maravilhosas que estão abrindo a barriga do monstro. No Paraná, com muito orgulho sede da Operação Lava Jato, estamos aprendendo muito.
Na história da Humanidade a evolução dependeu acima de tudo de estadistas, grandes juízes, promotores, empreendedores de justiça e disciplina sadia. Gente dessa espécie soube transformar países da pior espécie em exemplos universais. Agora é a nossa vez. No devido tempo terão as homenagens que merecerem; não agora, qualquer honraria pode esconder fórmulas de cooptação, afinal a aceitação da “delação premiada” está tirando o sono de muita gente. O Supremo Tribunal Federal está mostrando personalidades surpreendentes (que é sensível aos sonhos brasileiros) apoiando aqui um juiz federal que já entrou para a nossa história.
Cascaes
7 de setembro de 2015
10:30 horas da manhã